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Vale do Minho

Vinho: Adegas até 2.500 litros vão voltar a funcionar no rés do chão das casas dos produtores

7 Maio, 2012 - 08:25

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As adegas artesanais com produção anual até 2.500 litros de vinho vão poder voltar a funcionar legalmente nas caves dos edifícios de residência dos proprietários, situação inviabilizada desde 2010 pela legislação anterior.

As adegas artesanais com produção anual até 2.500 litros de vinho vão poder voltar a funcionar legalmente nas caves dos edifícios de residência dos proprietários, situação inviabilizada desde 2010 pela legislação anterior.

A medida foi explicada, sábado, em Vila Nova de Cerveira, pelo deputado do PSD Eduardo Teixeira, que se referiu assim à decisão tomada em Conselho de Ministros na passada quinta-feira, através do diploma que cria o Sistema da Indústria Responsável (SIR), para regular o exercício da atividade industrial, além da instalação e exploração de zonas empresariais responsáveis (ZER).

Recorde-se que, desde 2010, os pequenos produtores com adega no rés do chão da casa estavam, de alguma forma, ilegais, em face da legislação anterior.

Na região alto-minhota, Eduardo Teixeira realçou as dificuldades que os pequenos produtores de alvarinho e loureiro estavam a ter, sob risco de terem de parar os seus negócios.

Através deste novo diploma, as adegas típicas, que funcionam no rés do chão das habitações e que apresentem uma produção anual até 2.500 litros de vinho (cinco pipas), poderão manter-se “praticamente sem necessidade de licenciamento”, explicou o deputado.

Estas adegas passam a ser consideradas, enquadradas neste novo regime, como destinadas a “auto-consumo ou pequenas vendas”.

Para aqueles produtores que tenham um valor acimae q ue queiram continuar a funcionar no rés do chão, necessitam de um licenciamento municipal, acrescentando a natureza empresarial à de habitação.

Segundo Eduardo Teixeira, trata-se de uma situação de “grande importância” para os pequenos produtores locais de todo o país, tendo em conta tratar-se de uma prática tradicional baseada na construção antiga das habitações.

Recorde-se que esta questão da legislação estava a perturbar muitos pequenos produtores, e os próprios autarcas de Melgaço e de Monção já tinham solicitado pa secretário de Estado da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Daniel Campelo, uma mudança de legislação.

O cenário de ter adegas industrializadas, não agradava aos produtores uma vez que a grande maioria deles têm negócios familiares e tradicionais, e a lei, que agora foi alterada, exigia um investimento avultado para colocar em prática as exigências.

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