Marco Paulo, popular cantor que faleceu esta quinta-feira, viveu parte da sua vida no Alto Minho.
O artista nasceu em 1945, no concelho de Mourão, distrito de Beja. No entanto, o pai era fiscal das finanças. Recebia colocações em vários pontos do País.
A infância de Marco Paulo foi, por isso, bastante itinerante. A família passou por várias localidades.
Conta o Diário de Notícias que, depois de uns tempos em Alcabideche, a família mudou-se para Arcos de Valdevez, no Alto Minho. Ficou instalada na Pensão Central.
Foi neste período e naquele concelho que o pai de Marco Paulo comprou um aparelho de rádio. Na altura eram ainda de enormes dimensões.
Passou a ser em torno deste aparelho que a família passou a reunir-se para ouvir a transmissão das missas.
Só que o pequeno Marco Paulo descobriu que o rádio não transmitia apenas a missa.
Segundo aquele jornal, aproveitava a distração dos adultos para ouvir outras emissoras e escutar os fados e as canções de Maria de Fátima Bravo, Maria José Valério e Tristão da Silva.
A família voltou a mudar-se. Desta vez para Celorico de Basto.
No entanto, Marco Paulo levava já do Alto Minho uma profunda marca que carregou ainda mais o traço do destino que lhe estava reservado: ser uma das maiores vozes portuguesas do século 20 e parte do 21.
Faleceu esta quinta-feira aos 79 anos de idade. Para trás, no palmarés, cerca de 140 galardões de platina, ouro e prata, e até um de diamante, por vender mais de um milhão de cópias. Um recorde em Portugal.
As vendas do artista, ao longo de toda a carreira, superaram largamente os 5 milhões de cópias.
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