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O presidente da Câmara de Valença, Manuel Lopes, disse esta terça-feira que a fatura da água de 1.103,62 euros recebida esta terça-feira por uma munícipe “foi um erro… mas por parte da consumidora”.
“No passado dia 19 de maio, às 9h02, [a munícipe] comunicou a leitura do contador. Mas esqueceu-se de que o contador tinha vírgulas!”, esclareceu o autarca valenciano. “Em vez de ter comunicado 245 metros cúbicos, comunicou 255.458 metros cúbicos”, contou Manuel Lopes à Rádio Vale do Minho garantindo estar já totalmente inteirado do que aconteceu.
“Isto levou a que resultasse nesse valor exorbitante”, explicou apontando o pormenor de que a consumidora publicou nas redes sociais “apenas a parte da frente da fatura e não o verso onde aparece a leitura comunicada à empresa”.
A empresa é a Águas do Alto Minho (AdAM), que faz a gestão do serviço de água e saneamento em sete municípios do distrito de Viana do Castelo. Um deles é Valença.
Manuel Lopes: Adesão à AdAM “foi e é uma atitude acertada”
“Ter aderido à Águas do Alto Minho foi e é sem dúvida uma atitude acertada. Os Municípios que aderiram têm neste momento acesso a fundos comunitários que, caso não tivessem aderido, dificilmente poderiam aceder”, apontou Manuel Lopes.
O presidente da Câmara reconhece que houve problemas no arranque desta empresa, “mas todas têm problemas no início”.
Em tom convicto, Manuel Lopes vai mais longe e deixa até um convite à população. “Haja o primeiro município que chegue à minha beira com uma fatura com consumo de água – mas com consumo! – e que pague mais do que aquilo que anteriormente pagava ao Município”, disse.
“Neste momento, todos os Munícipes pagam menos do que aquilo que pagavam antes”, assegurou Manuel Lopes. “Aqueles que não têm consumo, pagam naturalmente as taxas de disponibilidade do serviço”.
A Rádio Vale do Minho já indagou a referida munícipe a pronunciar-se sobre a explicação fornecida pelo presidente da Câmara de Valença. Até ao momento, não obtivemos qualquer resposta.
A AdAM, que começou a operar em janeiro, é detida em 51% pela Águas de Portugal (AdP) e em 49% por sete municípios do distrito de Viana do Castelo (Arcos de Valdevez (PSD), Caminha (PS), Paredes de Coura (PS), Ponte de Lima (CDS-PP), Valença (PSD), Viana do Castelo (PS) e Vila Nova de Cerveira (Movimento independente PenCe – Pensar Cerveira), que compõem a Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho.
Três concelhos do distrito – Ponte da Barca (PSD), Monção (PSD) e Melgaço (PS) – reprovaram a constituição daquela parceria.
[Fotografia: DR]
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