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Valença

Valença: Já assistiu ao Lanço da Cruz? Este ano vai ser em normalidade total – Saiba a data

6 Março, 2023 - 00:03

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Tradição luso-galaica, com séculos de existência.

As tradicionais cerimónias do Lanço da Cruz, em Valença, regressam este ano em total normalidade. Ou seja, contrariamente à edição do ano passado, a cruz já poderá ser dada a beijar em ambas as margens do rio Minho. 

 

No ano passado isso não aconteceu devido às restrições pandémicas.

 

A edição deste ano está marcada para o próximo dia 10 de abril.

 

De referir que esta cerimónia realiza-se sempre na segunda-feira imediatamente a seguir ao Domingo de Páscoa. Está integrada nas Festividades em Honra de Nª Srª da Cabeça, na União de Freguesias de Valença e Cristelo Côvo, naquele concelho.

 

Trata-se de uma tradição luso-galaica, com séculos de existência, que anualmente se repete no Parque Natural da Senhora da Cabeça, junto ao rio Minho. É ponto de confluência de milhares de peregrinos de todo o Noroeste Peninsular.

 

Ao entardecer, pelas 17h00, depois da visita pascal à freguesia de Cristelo-Côvo (Valença), o pároco, devidamente paramentado e com uma cruz ornamentada, entra num barco de pesca e dirige-se até à margem espanhola onde dá a cruz a beijar aos paroquianos da outra margem.

 

Durante esse período são lançadas, pelos pescadores as redes benzidas ao rio. Todo o peixe que sair no lance é para o pároco. Entretanto com o pároco português regressa, no barco, o pároco de Sobrado – Torron, concelho de Tomiño (Galiza), dando a cruz a beijar aos peregrinos que aguardam junto ao rio, na margem portuguesa.

 

Várias embarcações portuguesas e galegas acompanham este compasso pascal, numa autêntica procissão fluvial, nas águas do Minho.

 

 

Carpinteira quer Lanço da Cruz elevado a Património Imaterial

Recorde-se que o presidente da Câmara Municipal de Valença, José Manuel Carpinteira, tem vindo a manifestar a intenção de ver o Lanço da Cruz elevado a Património Imaterial de Portugal e transfronteiriço.

 

O edil valenciano defende a sua classificação “por ser uma das mais emblemáticas e genuínas tradições da Páscoa”.

 

 

[Fotografia: Arquivo/Rádio Vale do Minho]

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