A explosão desta quarta-feira num armazém pirotécnico em Tui teve uma intensidade de tal ordem que quebrou vários vidros na antiga Alfândega de Valença. O relato foi feito à Rádio Vale do Minho pelo presidente da Câmara de Valença, Jorge Mendes, ainda abalado com o poder da onda de choque causada pelo rebentamento. “Aqueles vidros enormes partiram! Isto a quatro quilómetros do local da explosão!”, exclamou o edil valenciano. “A onda de choque veio rio abaixo. Apanhou aquela curva do rio mais favorável à sua propagação para o nosso lado e atingiu aquela zona. Estamos a falar de vidros de grandes dimensões, com resistência a sismos e que desta vez foram afetados”, descreveu ainda Jorge Mendes.
Tudo começou pelas 15h25 quando uma forte explosão num armazém pirotécnico na localidade de Guillarei, em Tui, provocou o alarme em todas as comunidades vizinhas. O rebentamento foi sentido com intensidade do lado português, o que deixou valencianos e também gente de Monção bastante assustada. O cenário levou já a autarquia a emitir um comunicado de apelo à calma. “Não há vítimas mortais nem quaisquer feridos a registar em Valença. Foi uma explosão brutal desse armazém! Há neste momento até dúvidas sobre a legalidade desse armazenamento mas isso é da competência das autoridades espanholas”, disse Jorge Mendes.
Entretanto, nas proximidades do armazém, o cenário é de aflição. A Rádio Vale do Minho sabe que no teatro de operações estão vários operacionais dos Bombeiros de Valença. Há pelo menos 12 feridos já confirmados entre a imensidão de destroços causados pelo rebentamento. Vários feridos estão a ser evacuados através de meio aéreo. O Alcalde de Tui já está no local. A origem da explosão está ainda por ser apurada.
[Fotografia superior: Ilustrativa / Direitos Reservados]
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