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Valença: Desespero e medo entre os comerciantes da região – “Já não conseguimos aguentar”

13 Novembro, 2020 - 17:16

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Cerca de três dezenas de comerciantes manifestaram-se durante a tarde desta sexta-feira contra as novas imposições do Governo ao comércio, sobretudo às lojas dos concelhos em Risco Elevado de contágio da COVID-19.

Na rotunda próxima ao Jardim Municipal, os manifestantes penduraram cartazes e faixas, com palavras de ordem. As máscaras tapavam parcialmente os rostos, mas o medo e a incerteza eram perceptíveis à distância.

“Não estamos a pedir subsídios nem apoios. Queremos apenas e só que nos deixem trabalhar! Com esta pandemia, a restauração reinventou-se. Desinfetamos cozinhas, salas e trabalhamos todo o dia de máscara. Aquilo que nos estão a fazer agora é proibir-nos de trabalhar”, atirou João Cunha, proprietário de um restaurante em Vila Nova de Cerveira – um concelho também em Risco Elevado.

“Além das nossas famílias, temos as famílias dos nossos funcionários, colaboradores, produtores, distribuidores e toda uma sequência que nunca mais acaba. Neste momento temos apenas uma calendarização semanal. Não podemos nem prever, nem calcular nem organizar a nossa vida!”, lamentou à Rádio Vale do Minho.

Incerteza. A palavra que naquele momento definia a generalidade dos rostos de todos os manifestantes que se mantinham no passeio e a mostrar-se aos condutores que ali passavam. Ouviam-se buzinas solidárias.

“Estas medidas do Governo estão a prejudicar todo o nosso setor e também todo o setor do comércio. Chegamos a um ponto em que já não conseguimos aguentar! Estamos com a corda no pescoço”, alertou        , proprietário de uma creperia na freguesia de S. Pedro da Torre, em Valença.

A revolta estende-se a todo o comércio tradicional. Diniz Correia, proprietário de uma loja de roupa no centro de Valença, também se mostrou desagradado com as novas medidas restritivas anunciadas.

“Estamos numa zona onde a fronteira estar fechada ou aberta é a mesma coisa. Nós já não fazemos nada! Sejam os restaurantes, seja o comércio, seja o que for”, disse. “Temos o Natal à porta e eu já deixei de fazer compras. Assim não dá! É muito imprevisível”, finalizou.

 

“A regra é tudo fechado às 13h00”

 

O Governo ordenou o encerramento do comércio e restauração às 13h00 nos dois próximos fins de semana e a abertura dos estabelecimentos só pode ocorrer a partir das 8h00, anunciou o primeiro-ministro, António Costa.

“A regra é tudo fechado às 13:00”, disse o chefe do Governo em conferência de imprensa após a reunião do Conselho de Ministros, referindo-se aos concelhos com risco elevado de contágio de COVID-19, que vão aumentar de 121 para 191 a partir de segunda-feira.

Os restaurantes só podem funcionar a partir das 13h00 para entrega ao domicílio, disse o primeiro-ministro.

António Costa anunciou ainda que haverá um apoio de 20% da perda de receitas dos restaurantes nos dois fins de semana face à média dos 44 fins de semana anteriores (de janeiro a outubro 2020).

Fora da obrigatoriedade de fechar a partir das 13h00 e de abrir a apenas a partir das 8h00 estão as farmácias, clínicas e consultórios, veterenários, estabelecimentos de venda de bens alimentares com porta para a rua até 200 metros quadrados, bombas de gasolina, padarias e funerárias.

Valença, Caminha, Paredes de Coura, Ponte de Lima, Vila Nova de Cerveira e Viana do Castelo vão continuar na lista dos concelhos com risco elevado de transmissão da Covid-19, por mais duas semanas. 

Arcos de Valdevez é novidade nesta lista. A partir de segunda-feira também este concelho está abrangido pela novas medidas do estado de emergência.

 

[Fotografia: Rádio Vale do Minho]

 

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