As ossadas possivelmente humanas encontradas no passado dia 31 de dezembro junto ao rio Minho, em São Pedro da Torre, Valença, poderão ser de um homem desaparecido há quase quatro anos de Vila Nova de Cerveira.
Carlos Sousa encontra-se desaparecido de Vila Meã, naquele concelho, desde a noite do dia 13 de abril de 2021. Foi aí que foi visto pela última vez. Tinha na altura 51 anos de idade.
A irmã, Cristina Sousa, nunca desistiu de o procurar.
[crédito fotografia: Arquivo/DR]
No dia em que foram encontradas as ossadas, Cristina Sousa teve acesso a fotografias através de um dos populares que deu o alerta.
“Tenho quase a certeza que é o meu irmão. Vi a roupa. Principalmente a camisa… tenho quase a certeza que é ele”, disse Cristina Sousa à Rádio Vale do Minho.
Pormenores intrigantes
A irmã do desaparecido notou detalhes “estranhos” nas fotografias.
“Estava tudo muito direitinho. Como se fosse um corpo deitado”, descreveu. Ou seja, como se tivesse sido posto ali.
Nos dias que se seguiram ao desaparecimento de Carlos Sousa, houve buscas não só em Vila Nova de Cerveira como nos concelhos limítrofes.
“Eu lembro-me de ter passado por ali e o corpo não estava lá”, disse a irmã à Rádio Vale do Minho.
Na última vez em que foi visto, conforme descrição fornecida às autoridades, Carlos Sousa “vestia calças de ganga e camisa aos quadros”.
A confirmar-se que as ossadas pertencem ao ainda desaparecido, Cristina Sousa confessa que “isso seria um alívio, dado que poderíamos dar-lhe um funeral digno”.
Mas a angústia vai continuar.
“Eu só queria saber a verdade e porque é que lhe fizeram isto. Ele era uma pessoa boa. Estava sempre pronto a ajudar toda a gente. Tinha problemas com o álcool, mas mesmo quando bebia demais nunca se metia com ninguém. Ele não tinha inimigos”, garante a irmã.
As ossadas foram transportadas para o Instituto de Medicina Legal (IML) de Viana do Castelo onde estão a ser analisadas.
A Polícia Judiciária prossegue com a investigação.
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