Um utilizador diário da A28, a antiga SCUT com a portagem mais elevada, poderá ter de desembolsar mais oito euros todos os meses devido ao aumento de 4,36 por cento em 2012.
Para o percurso entre Viana do Castelo e Porto, através dos quatro pórticos de cobrança instalados, o utilizador paga 4,05 euros de portagem.
Este valor poderá aumentar em cerca de 18 cêntimos, caso se confirme a subida de 4,36 por cento, já em janeiro, tendo em conta a fórmula que estabelece o aumento do preço das portagens em cada ano.
Apenas numa viagem de ida e volta entre Viana do Castelo e Porto, o custo passará de 8,10 euros para 8,46 euros.
Contactada pela Agência Lusa, fonte oficial do Ministério da Economia não quis comentar estes valores.
Contudo, o Governo, tal como aconteceu no final de 2010, poder criar legislação para impedir a aplicação do decreto-lei nº 294/97, que estabelece que o aumento a praticar em cada ano tem como referência a taxa de inflação homóloga sem habitação no Continente conhecida até dia 15 de novembro do ano anterior.
Se o cenário de aumento se confirmar, um utilizador diário da A28, com 44 viagens por mês (ida e volta) poderá passar dos atuais 178,2 euros para 186,1 euros. Ou seja, quase oito euros mais, todos os meses.
Cálculos que não contabilizam eventuais isenções e descontos de que os residentes nas áreas servidos pelas SCUT dispõem, até tendo em conta a previsão, admitida pelo anterior governo, de acabar com esse sistema no segundo semestre de 2012.
Jorge Passos, porta-voz do movimento de utentes "Naturalmente, não às portagens na A28", garante que este previsível aumento das tarifas será "mais um golpe inexplicável", afetando sobretudo a região do Alto Minho.
"Este aumento é despropositado e vem acentuar mais uma vez esta descriminação que houve relativamente ao Norte, porque as portagens ainda não foram aplicadas ao resto do país, não houve aqui um processo de equidade", apontou ainda.
Os utentes da A28 defendem o alargamento da cobrança "a todas as vias com perfil de autoestrada", nomeadamente em Lisboa.
"Se todos pagarmos, naturalmente que o Estado arrecadará maior receita, cobrando menos", concluiu.
FONTE: LUSA
Comentários: 0
0
0