Apesar de não ter dados oficiais, a União Empresarial do Vale do Minho (UEVM) está preocupada com o aumento significativo de casos de encerramentos de micro e pequenas empresas familiares na região.
Reportando situações “difíceis e aflitivas” no comércio de proximidade, Joaquim Covas explica que as dificuldades para o comércio são muitas, e os custos de contexto e a elevada carga fiscal têm vindo a provocar fechos de um dia para o outro.
O dirigente associativo teme ainda que, com a aproximação do pagamento do IVA, referente ao primeiro trimestre, os comerciantes do Vale do Minho se deparem com graves obstáculos.
De acordo com os dados anunciados pela Coface, registou-se a nível nacional um aumento de 143% no número de restaurantes a encerrar por falência no primeiro trimestre. A restauração não está a resistir aos aumentos do IVA, nem à quebra do consumo.
Nos três primeiros meses do ano registou-se um aumento de 51,5% nas falências, ou seja 26 empresas por dia encerraram.
As justificações do agravamento das insolvências, assentam nas medidas de austeridade e forte quebra do consumo das famílias portuguesas e o aumento do IVA.
Porém, a UEVM alerta que a situação é ainda mais grave, uma vez que as falências apenas explicam uma pequena parte dos encerramentos, pois são apenas estabelecimentos que fecham por comunicação judicial, por impossibilidade em pagar as suas responsabilidades, sendo a estimativa de falências no comércio e restauração de apenas 10% do total dos encerramentos, isto a nível nacional.
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