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Viana do Castelo

Tribunal julga quatro homens por agressões fatais para jovem de 19 anos

19 Fevereiro, 2013 - 16:10

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O Tribunal de Viana do Castelo começa a julgar a 14 de março quatro homens acusados das agressões que, em 2010, terminaram na morte de um jovem de 19 anos, disse hoje à Lusa fonte judicial.

O Tribunal de Viana do Castelo começa a julgar a 14 de março quatro homens acusados das agressões que, em 2010, terminaram na morte de um jovem de 19 anos, disse hoje à Lusa fonte judicial.

Os quatro homens foram pronunciados em novembro, no final do debate instrutório requerido pela defesa dos arguidos, acusados por crimes de ofensas à integridade física simples, agravadas pela morte, e omissão de auxílio.

Durante o debate instrutório, os arguidos admitiram as agressões, recusando, no entanto, qualquer intenção de matar o rapaz.

“Não podiam deixar de admitir que, agindo em grupo, o resultado podia descambar”, admitiu, contudo, o juiz de instrução.

Ainda assim, o tribunal decidiu alterar o enquadramento do crime de ofensas à integridade física de qualificado para simples, alegando que não ficou clara a “desproporção” entre os dois grupos envolvidos nas agressões, além de ilibar um quinto suspeito.

Todos os arguidos estão em liberdade, com Termo de Identidade e Residência, residem em Fontão, Ponte de Lima, e têm idades compreendidas entre os 25 e os 38 anos, sendo que dois são irmãos e um terceiro é primo destes.

O julgamento tem início pelas 09:30 de 14 de março e prossegue no dia seguinte.

Os factos remontam à tarde de 05 de março de 2010, quando dois jovens foram violentamente agredidos por quatro homens, em plena via pública, na Meadela, Viana do Castelo.

Um dos jovens, Tiago Puga, de 19 anos, sofreu um traumatismo craniano e várias outras lesões, e esteve em coma induzido até 10 de março, quando foi declarado o óbito, já no Hospital de S. Marcos, em Braga.

O tribunal considerou que existia um conflito entre os proprietários de um talho daquela freguesia e um grupo de jovens que se concentrava na zona das agressões.

Na véspera, alguém ateou uma fogueira à porta desse estabelecimento comercial, tendo provocado um prejuízo de 150 euros, conforme pode ler-se na acusação, levando o proprietário, pela manhã, a apresentar queixa na PSP, apontando de imediato os elementos do grupo de Tiago Puga como alegados autores.

O proprietário do talho em causa é um dos quatro arguidos que o tribunal decidiu levar a julgamento.

O tribunal considerou que os arguidos agiram em conformidade com o que “previamente tinham acordado”, ou seja “dar uma lição/corretivo” aos dois jovens do grupo de amigos que, na tarde do dia dos factos, se encontravam no café a 60 metros do talho, apesar de “não terem previsto” que o resultado seria a morte.

No exterior do café, Tiago Puga terá sofrido “um forte empurrão que o projetou contra o aro da porta”, provocando-lhe a queda, da qual “nunca mais se levantou”, face às lesões imediatamente sofridas na zona do crânio.

O tribunal considerou ainda que apesar de verem o jovem ensanguentado e “a tremer”, deitado no chão, os quatro arguidos abandonaram o local sem assegurar auxílio.

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