Três em cada cem entidades de Viana dedicam-se às indústrias criativas

Mais de três em cada 100 entidades do concelho de Viana do Castelo desenvolvem atividades relacionadas com as indústrias criativas, indica um estudo divulgado hoje.

“Permitiu concluir que 3,5% das entidades do concelho, sejam ou não empresas, desenvolvem atividades na área das indústrias criativas. Ou seja, 3 a 4 em cada 100, o que foi uma surpresa”, explicou António Guedes de Oliveira, do projeto “Viana Criativa”.

“As festas e romarias, por exemplo, não são empresas mas entidades que contribuem para o espaço e para a cultura criativa. Mas também podemos estar a falar de empresas muito pequenas, unipessoais, com pessoas que produzem o seu artesanato para vender na rua”, sublinhou.

Na área das indústrias criativas os autores do estudo dizem ter incluído atividades tradicionais como o artesanato, mas também outras envolvendo museus ou monumentos.

As primeiras conclusões deste estudo foram divulgadas hoje, durante o debate “Ambiente Criativo e Empreendedorismo”, promovido pelo projeto “Viana Criativa”.

Trata-se de uma iniciativa promovida pela Câmara de Viana do Castelo em conjunto com o instituto politécnico e associação empresarial locais, tendo o objetivo, explicam os promotores, de tornar a cidade “verdadeiramente criativa”.

“Ainda não existe um ambiente criativo geral, mas a ideia é transformar a cidade para fazer viver esse ambiente”, admitiu António Guedes de Oliveira, explicando que estão em curso iniciativas como feiras de produtos artesanais e tradicionais, além de ‘workshops’, que visam “provocar as gentes” locais para que “percebam o verdadeiro potencial da cidade”.

“Para tal é preciso acreditar, juntar o saber fazer com o pensar, através de atividades que estão a ser desenvolvidas e outras que ainda estão por criar”, disse ainda.

Ainda no âmbito deste projeto, Viana do Castelo tem em curso uma candidatura à rede de cidades europeias que promovem estilos de vida, designados por “slow city”, caracterizados pela tranquilidade, qualidade dos recursos naturais ou preservação dos elementos históricos.

Em Portugal apenas Vizela, Tavira, São Brás de Alportel, Lagos e Silves integram esta rede, criada em Itália em 1999 com o objetivo de preservar tradições locais e promover a qualidade de vida.