Uma delegação de 60 trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) desloca-se, esta quinta-feira, ao Parlamento, para assistir à discussão e votação, na Assembleia da República, de uma proposta de recomendação ao Governo, apresentada pelo deputado do PCP, Honório Novo.
Esta ida a Lisboa ficou decidida, em plenário, no final do mês de Janeiro. A proposta consiste numa recomendação ao Governo para que “garanta o financiamento necessário à aquisição das matérias-primas, da maquinaria e ao pagamento dos salários indispensáveis ao início da construção” de dois navios asfalteiros, encomendados pela Venezuela. Caso contrário, os ENVC podem perder este contrato, de 128 milhões de euros, se o Estado não assegurar verbas para que a construção dos dois navios arranque “imediatamente”.
O coordenador dos trabalhadores, António Barbosa, explica que o impasse que se vive na empresa vianense é um “verdadeiro crime”, e estas ações servem para mostrar aos responsáveis que os funcionários não desistem, e acreditam no futuro da indústria naval.
Depois desta ida a Lisboa, os trabalhadores saem novamente à ruas na sexta-feira. O protesto vai envolver, de novo, uma marcha pelas ruas de Viana do Castelo, aberta a trabalhadores, antigos funcionários, familiares e população.
Esta ação de rua, que será a segunda no espaço de pouco mais de seis meses, vai realizar-se entre as 10:30 e as 12:00, culminando com um plenário dos 650 trabalhadores em plena Praça da República, no centro da cidade.
António Barbosa realça que os trabalhadores querem fazer ver ao Governo que a empresa é viável, e tem de se encontrar uma solução “o mais breve possível”.
Trabalhadores dos ENVC vão hoje a Lisboa e amanhã manifestam-se nas ruas de Viana do Castelo, contra o impasse que se vive na empresa vianense.
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