A VianaPolis vai começar a vender a retalho, na próxima semana, lotes de terreno no Parque da Cidade por "unidades" de até 1,5 milhões de euros, depois de falhada a hasta pública para encontrar um único comprador.
A venda destes 26 lotes de terreno, na frente ribeirinha da cidade e intervencionados pelo programa Polis, previa nesta hasta pública um preço base de nove milhões de euros, mas fechou na terça-feira sem que fosse apresentada qualquer proposta.
Estes terrenos são também o principal ativo para reduzir os empréstimos contraídos junto da banca, no valor de 19 milhões de euros, por parte da VianaPolis, sociedade constituída em 2000 pelos ministérios do Ambiente e Finanças (60 por cento) e câmara de Viana (40 por cento).
"Depois do dia 30 de novembro vamos pedir uma reunião à senhora ministra [do Ambiente], no sentido de ser encontrada uma solução e mobilizados recursos financeiros para um prolongamento do prazo do empréstimo ou outras soluções", admitiu o presidente da câmara de Viana do Castelo.
Hoje, data prevista para a abertura das propostas, José Maria Costa explicou que nova tentativa de venda será feita a 30 de novembro, mas agora "a retalho", por unidades de dois a três lotes de terreno, com um preço base de 1,1 a 1,5 milhões de euros e lances mínimos de dez mil euros.
"Ponho todos os cenários em cima da mesa. Se não aparecerem compradores, os lotes vão continuar à venda [depois do dia 30], porque o objeto da VianaPolis não é construir e precisa de colocar os seus ativos para consolidar as contas", explicou o autarca.
São 63 mil metros quadrados de terrenos, cuja venda está prevista há cinco anos, com uma avaliação inicial de 21,6 milhões de euros, numa área junto ao rio Lima e que até poderá receber um pequeno ancoradouro para embarcações de recreio.
Contudo, fruto da crise financeira e das repercussões no mercado da construção, continuam sem surgir interessados no negócio, apesar das duas tentativas para a venda. Destinam-se à construção de edifícios de habitação, um equipamento hoteleiro e outro social ou educativo e, no total, a VianaPolis pretende encaixar perto de 11 milhões de euros.
FONTE: "Lusa"
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