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Valença

Teatro com 135 anos em ruína porque ninguém encontra certidão para atestar a posse. Câmara avança para "caminho alternativo"

27 Dezembro, 2011 - 12:10

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A falta de uma certidão que comprove quem são os proprietários está a impedir a recuperação de um teatro, construído em 1876, em risco de ruína no centro de Valença.Consciente de que aquele edifico "tanto diz à população de Valença", Salustiano Faria diz que a Câmara de Valença já econtrou um "caminho alternativo" á falta da certidão.

A falta de uma certidão que comprove quem são os proprietários está a impedir a recuperação de um teatro, construído em 1876, em risco de ruína no centro de Valença.
A Associação de Socorros Mútuos de Valença, que apoiava os associados em despesas de saúde e funerais, é reconhecida como a proprietária do imóvel e já o ofereceu à Câmara para que possa ser recuperado, mas não existe qualquer certidão que comprove a posse.
O teatro foi construído pela então Sociedade Artística de Valença que, poucos meses depois, mudou o nome para Associação de Socorros Mútuos, mas a mudança do registo do imóvel nunca foi feita. Por isso, agora, a Câmara quer recuperar o espaço mas, antes disso, é necessário que o legítimo proprietário transfira o edifício.
Salustiano Faria, presidente interino da Assembleia-Geral desta associação, explica o que se passa.
Consciente de que aquele edifico "tanto diz à população de Valença", Salustiano Faria diz que a Câmara de Valença já econtrou um "caminho alternativo" á falta da certidão. O facto de o edifício estar em ruína e até de afectar os restantes prédios vizinhos, o executivo de Jorge Mendes deve avançar com a posse do antigo teatro, com o pretexto de estar em colocar em perigo a via pública. E a associação não vai oferecer qualquer tipo de resistência.
Com 330 lugares, o cine-teatro Valenciano foi construído em 1876, remodelado em 1915, tendo passado a exibir também cinema, como o primeiro espaço para tal naquela cidade.
Neste momento, é o edifício "mais degradado da Fortaleza" de Valença, mas a autarquia quer encontrar um novo destino para o espaço, cujo uso "será sempre cultural". Cenário aplaudido pela Associação de Socorros Mútuos. Salustiano Faria diz que aquele espaço pode servir de casa para grupos corais e ranchos folclóricos, bem como ter algum teatro. "No fundo, não fugir muito daquilo que era a sua função", assegura.
Em ruínas, o cine-teatro Valenciano vive um impasse. A associação detentora já o cedeu à Câmara Municipal para obras de intervenção e dar uma outra vida, no entanto, ninguém encontra a certidão para atestar a sua posse. A autarquia deve alegar perigo para a via pública para ultrapassar este obstáculo, e recorrer a fundos comunitários para a recuperação.

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