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Desporto

Súmula da jornada de 4/5 Janeiro

6 Janeiro, 2014 - 09:29

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Ontem foi dia de Reis e por contradição deixou-nos um deles. A melhor homenagem que se pode proporcionar a um verdadeiro ícone do futebol é falar de futebol, praticar futebol, viver o futebol. Se assim não fosse, por hoje ficaríamos tão-somente pela notícia que encheu um país inteiro de luto, que deixou o futebol em estado emocional chorando a perda dum expoente máximo. Mas é precisamente pela homenagem a essa potência sublime, à grande glória a que se guindou Eusébio da Silva Ferreira, que passamos a falar da jornada referente ao Domingo que coincidiu com o seu passamento.

Ontem foi dia de Reis e por contradição deixou-nos um deles. A melhor homenagem que se pode proporcionar a um verdadeiro ícone do futebol é falar de futebol, praticar futebol, viver o futebol. Se assim não fosse, por hoje ficaríamos tão-somente pela notícia que encheu um país inteiro de luto, que deixou o futebol em estado emocional chorando a perda dum expoente máximo. Mas é precisamente pela homenagem a essa potência sublime, à grande glória a que se guindou Eusébio da Silva Ferreira, que passamos a falar da jornada referente ao Domingo que coincidiu com o seu passamento.
Recordemos os momentos sublimes da sua carreira, imitemos o exemplo da sua generosidade e dedicação às causas a que se votava e apresentamos aos seus mais próximos os sentimentos de condolências.

Desportivamente, a jornada domingueira foi fértil em motivações e as expectativas não saíram goradas.
Iniciamos o destaque pela divisão principal do nosso âmbito colocando em contraste Cerveira, de modo positivo e Melgacense, pela negativa. O Cerveira não só manteve a sua condição de líder, graças a esse triunfo, ainda que magro e em tom milagroso, no grande dérbi da terra das artes, com o Campos a colocar enormes dificuldades aos seus conterrâneos, mas beneficiou ainda do empate no dérbi do alto Lima, entre Barca e Atl. de Arcos, ganhando já distância considerável, num momento em que ainda dispõe de dois encontros de reserva, pelo que o título começa a ganhar contornos muito claros e precisos, a meio da prova.
Negativamente, o Melgacense foi “congelado” em seu domínio por um Vila Fria atrevido, mantendo-se em zona perigosa e completamente descabida para seu estatuto. O atributo “negativo” é-lhe imposto ainda pelo facto de ontem se ter apetrechado de artilharia pesada, com reforços de nível nacional, graças ao protocolo com o Valenciano, mas nem tal facto lhe serviu para evitar uma derrota pesada e amarga, por três a um, frente a um Vila Fria que já se encontra a fechar a metade superior da tabela.
E se o positivo e negativo ficaram pelo Vale, os outros dois emblemas ainda não referenciados acabaram por saldar prestações positivas, mormente o Desportivo de Monção que conseguiu a terceira vitória consecutiva, numa ascensão meteórica, com um triunfo em campo complicado como é o de Vitorino de Piães. A vitória dos da terra de Deuladeu, por três a dois, é ainda digna de registo porquanto fruto de duas recuperações, colocando a equipa já em lugar mais consentâneos a ponto de poder chegar mais adiante no ciclo de quatro jogos consecutivos sem sair do Manuel Lima. Positivo pode considerar-se ainda o ponto conquistado pelo Courense ao poderoso Neves, com um golo conseguido já na recta final da partida, anulando a vantagem da primeira metade conseguido pelos forasteiros.
Falando dos outros dérbis que caracterizaram a jornada, já referimos um empate no alto Lima, entre Barca e Arcos, marcado por duas partes completamente opostas, com dois golos à maior dos arcuenses na primeira parte, recuperados pelos anfitriões na segunda, não conseguindo a reviravolta total por desperdício duma grande penalidade no dealbar do encontro. No Castelense/Lanheses como no Correlhã/Moreira do Lima o factor casa teve efeito, mormente no encontro do Beira-Mar, com cinco golos, vitória tangencial após empate a um ao intervalo, isto porque os cornelianos golearam os vizinhos de Moreira em quatro tentos sem resposta.
Finalmente, a “liga dos últimos”, traduzida no encontro dos emparelhados Bertiandos/Darquense, que se mantêm emparceirados após o empate, com seis golos marcados, foi a que mais contribuiu para a elevada soma de trinta e um golos da jornada, numa impressionante média de quase quatro golos/jogo. Ora vila lá o futebol de ataque.

Na divisão secundária, a maior “prenda” de Reis coube ao Raianos, mas não se livrou que no “bolo” tivessem surgido algumas “favas” colocadas pelo Engenheiro Afonso Barbosa que talvez mereça estudo a possibilidade de entrar no livro de recordes com cinco vermelhos nos derradeiros dez minutos. Sem batalha naval, porque a chuva nem foi assim tanta, nem campal, pois, felizmente, ninguém saiu magoado da partida.
Os Raianos entraram praticamente em desvantagem, mas deram a volta até aos três a um e não terminaram em tremida graças a uma grande penalidade desperdiçada pelos forasteiros, numa vitória que alarga o fosso para o par da concorrência imediata, isto porque o Vila Franca não fez melhor que um empate em S. Martinho da Gandra, acabando por receber dois “espinhos” como contrapartida às duas “rosas” oferecidas aos locais. O parceiro de vice-liderança é o sensacional Arcozelo, em nítido crescimento, que triunfou em Lanhelas, apontando apenas um golo, suficiente para a entrada no pódio, enquanto os lanhelenses continuam no “marcar passo” na presente época.
Convém, todavia, aclarar que há, por agora, um par na peugada do Raianos, mas poderá vir a ser um trio, caso o Paçô vença em Moreira a partida em falta, já que ontem não teve grandes dificuldades em golear o Castanheira por quatro golos sem resposta, três dos quais na primeira metade, isto num encontro em que o Presidente do Castanheira, ao contrário da semana anterior, elogia a prestação da Filipa Cunha.
O Moreira voltou a averbar nova derrota, por marca habitual, de três a um, em terras de Âncora, perante um Ancorense que se vai mantendo pelos meados da tabela. Mais dois encontros com resultados aparentemente normais foram a vitória tangencial do Távora, por dois a um, perante o Chafé, que assim se atrasa na corrida pela dianteira, bem como a igualdade em dois golos entre Fachense e Perre, prejudicial, naturalmente, à equipa vianense.
Finalizamos com os cinco golos registados pelo árbitro Fábio Nunes, no jogo de estreia oficial em seniores, num Darquense B/Águias do Souto, que os locais não aproveitaram para deixar a lanterna vermelha e viram os de Rebordões afastar-se do seu encalce.

Em pinceladas breves, o Inatel concluiu a primeira volta da primeira fase, com um Cabaços a mostrar credenciais de liderança, sendo único a triunfar fora de casa, concretamente no vizinho Anais, em contraste com o Longos Vales, que se mantém na cauda da tabela, após nova derrota em Cepões, por três a um, em ronda que parece ter ressurgido o campeão Adecas, pois, em casa, derreteu o Cardielos por claros quatro a um.
No jogo em atraso do nacional de seniores, as Pedras Salgadas, com um golo marcado, tornaram ainda mais amarga a vida do Ninense que, definitivamente, será titular da lanterna vermelha nesta e quiçá na próxima fase.

E a Taça de Portugal também fez das suas, já que na tarde de Domingo apareceram por aí os ditos “tomba gigantes”, com os nomes de Penafiel, uma semana depois a ir mais além que o nulo na Madeira, apontando três golos e eliminando o Marítimo, bem como de Aves, que, na capital do móvel, confirmaram as fragilidades do Paços de Ferreira, a realizar uma época verdadeiramente contrastante com a passada.
Nos restantes seis jogos, diremos que a lógica do mais forte acabou por imperar, com destaques para as pontarias afinadas de Porto e Benfica, com vista ao embate do Domingo que por aí virá.

E em dia de funeral dessa glória, desse monstro sagrado do desporto rei, recordemos os momentos sublimes da sua carreira, imitemos o exemplo da sua generosidade e dedicação às causas a que se votava e apresentamos aos seus mais próximos os sentimentos de condolências.

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