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Desporto

Súmula da jornada de 13/14 de Fevereiro

15 Fevereiro, 2016 - 09:57

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Confira os principais momentos que marcaram o fim-de-semana desportivo.

Perspectivava-se um fim-de-semana de grandes emoções, carregado de adrenalina e apropriado a ataques desenfreados de nervos, embora dentro de clima pacificador e salutar como se deseja no âmbito desportivo. Consumados os factos e realizados os jogos das diversas competições, a conclusão extraída é que a ansiedade não ficou defraudada e os amantes do desporto regalaram-se, talvez mais uns que outros, com o desenrolar das jornadas e das diversas competições. Como diria um nosso ex-governante em momento de materialização dum feito importante: “porreiro, pá!”.
“Porreiro”, na generalidade, para queles que gostam do desporto de forma desapaixonada, clubisticamente falando; “porreiro” para os dragões que voltaram a animar-se pelo triunfo na Luz; “porreiro” para Jesus e leões que foram ajudados por terceiros na retoma da liderança isolada; “porreiro” para os barquenses que deram uma “estocada” no campeonato; “porreiro” para o Arcozelo que ganha pontos por si e outros para ele; “porreiro” para as meninas do Castanheira que conseguiram cem por cento de triunfos; “porreiro”, para vencedores, mas uma … (termo diminuto) para os que sentiram amarguras de derrotas ou não conseguiram os objectivos minimamente propostos. Afinal, é sempre assim…
Cá entre nós e a respeito do principal campeonato, já ninguém se atreverá a questionar a conquista do título por parte do Ponte da Barca. Aliás, nas nove rondas em falta jogar-se-á para os meios da tabela, já que o primeiro e o último lugar ficaram ontem decididos. Nove pontos de vantagem dos barquenses sobre o Cerveira, após triunfo em casa do conjunto da vila das artes, em partida emotiva com cinco golos e três vezes empatado, não permitem grandes dúvidas sobre o desfecho final da contenda, nem para os mais optimistas cerveirenses ou pessimistas barquenses. De igual modo, dez pontos em atraso do Moreira do Lima para o mais directo concorrente, Paçô, ontem vencedor no S. Sebastião, por um a dois, serão motivo para entrega, definitiva, da titularidade da lanterna vermelha, ao conjunto limiano.
Faltarão então decidir os lugares intermédios. Apesar da derrota, o Cerveira mantém o lugar de “prata”, para já com vantagem de quatro pontos sobre o Vitorino de Piães, que foi a Chafé arrancar vitória por três a um, embora este posto possa ser passageiro até ao próximo Domingo, para onde poderá ascender o Atl. Arcos, em recebimento do Campos, no único encontro do fim-de-semana, equipa que hoje derrotou no 1º de Janeiro, por três a um, remontando uma entrada em desvantagem logo no minuto inicial. Verificando-se esta condição, altamente provável neste quase acerto total de calendário, também o Valenciano descerá um lugar abaixo do seu actual quarto, que manteve na ronda após triunfo magro no clássico, diante do Desportivo de Monção, em partida empolgante, com vermelhos, amarelos por simulações, aparentemente erradas, paragem por causa do temporal e de resultado imprevisto até ao último apito, tanto que este último timbre serviu, simultaneamente, para duas indicações: validação do único golo da partida e conclusão do encontro.
Pelos lugares mais baixos da tabela e praticamente decidida a despromoção do Moreira do Lima, o Paçô necessita atenuar quatro pontos para o Vila Franca que ontem averbou mais dois “espinhos” em Coura, na segunda parte, triunfo que serviu de alguma alento aos courenses, que, assim, ultrapassaram o Campos e ainda o Lanheses, derrotado em casa pelo Correlhã, igualmente pela marca de dois a zero. Tal como o Courense, também o Castelense ultrapassou o par citado e apanhou uma lufada de alívio, com salto ao undécimo lugar depois do triunfo em Vila Fria, conseguido num único golo marcado na etapa complementar, em jornada com seis triunfos forasteiros, conseguidos com catorze golos, e apenas dois caseiros, cujos anfitriões se ficaram pelos oito.
Pela divisão secundária, se o primeiro lugar do Arcozelo já não sofria dúvidas, foi reconfirmado com o triunfo caseiro expressivo, duma mão cheia, diante do vizinho Fachense e solidificado com a repartição de pontos no Âncora Praia/Távora, em que um golo para cada trouxe benefício de mais dois pontos ao Arcozelo, que bem pode dizer-se averbou cinco nesta ronda.
Restando uma vaga para a promoção, nela residirá o interesse da parte restante da prova, com os citados Ancora Praia e Távora como protagonistas, embora o Bertiandos se tenha posicionado na luta depois do triunfo frente ao Raianos, em encontro com cinco golos, mas um mais para os locais que os monçanenses, que não descolaram e ficaram mesmo mais afastados dos lugares de pódio. Aliás, a jornada foi catastrófica para os conjuntos da raia, saindo todos de casa e regressando todos de bolsos vazios no que respeita a pontos. Além do Raianos ter sido derrotado por três a dois, também o Longos Vales saiu de Anais vergado a desaire de três a um, encaixados a partir de meados da etapa complementar, quando as forças físicas despendidas em campo que obrigou a maior esforço começaram a amainar nos únicos dez sanjoaninos que se deslocaram à Cegonha. Com menos um golo sofrido, ou seja, derrotados por dois a um saíram do município vianense os conjuntos do Moreira, que jogou no “neutro” campo de Darque diante do Vianense B, desperdiçando oportunidades que foram fatais, bem como o Melgacense, que jogou em Torre, defrontando o Cardielense, e cessando, em definitivo, qualquer intuito de promoção.
Restam três partidas de que resultaram outros tantos resultados diferentes: triunfo caseiro do Lanhelas diante do Perre, por três a um, que serviu para entrada nos seis primeiros, ultrapassando mesmo os da terra de Inês Negra; empate entre Gandra e Darquense, com um golo para cada contendor; vitória forasteira do Ancorense em território da lanterna vermelha, Castanheira, por dois golos sem resposta, culminado a ronda com três dezenas de golos marcados, sendo rigorosamente duas dos anfitriões e uma dos forasteiros.
Regressou o Portugal Prio em segunda e decisiva fase. No que concerne à manutenção, a jornada inaugural resume-se ao princípio que quem não estava tão mal ficou melhor; quem não estava bem piorou. O Neves, que partia como lanterna vermelha, manteve a sua posse com derrota no terreno do Limianos, por dois a um, enquanto estes últimos subiram ainda um lugar na tabela e consolidaram a vantagem; o Vianense, impedido de perder pontos em casa, nesta fase, deixou ficar dois, pois embora não tivesse sofrido também não conseguiu marcar ao Mirandela, deixando os transmontanos com a vantagem inicial; O Pedras Salgadas, que partiu na “pole position”, ainda ganhou mais terreno ao derrotar o Marítimo por um a zero, ficando agora o par madeirense, conjuntamente com o Camacha, que derrotou os “mineiros” de Argozelo, por dois a um, como dupla acima da linha de água, embora com vantagem ainda razoável de cinco pontos. Veremos o que por aí surgirá, mas a tarefa de Neves e Vianense afigura-se demasiado complicada.
Na luta pelo acesso ao futebol profissional, o Vizela deu mostras de candidato ao triunfar em Bragança, por dois a zero, embora o Vilaverdense também tenha vencido, em casa, o Anadia, com um golo apenas. Já Pedras Rubras e Estarreja dividiram pontos e um golo para cada, tendo Fafe e Gondomar ficado em branco.
Entrando no futebol profissional, via II Liga, Chaves e Feirense foram os “reis” da jornada, mantendo-se nos postos de acesso, não desaproveitando o factor casa e averbando dois triunfos, ambos tangenciais, diante dos também promovíveis Freamunde e Portimonense, atrasando-os na luta, embora se mantenham na corrida, mas ultrapassados pelo Aves, que também venceu, caseiramente, o Olhanense. Já o Gil Vicente complicou a tarefa, cedendo dois pontos, na qualidade de anfitrião, permitindo aos açorianos marcar dois golos com os quais empataram em Barcelos. A ronda foi madrasta para o líder Porto B, que perdendo em casa diante do Famalicão, por um a dois, quase hipotecou o pecúlio de vantagem, agora reduzido a dois pontos.
Pela NOS, o rei leão voltou a isolar-se no topo, já que ao triunfo categórico na Madeira, por quatro a zero, diante do Nacional, beneficiou da “partida” pregada pelo Dragão em pela Luz, adiando, desta forma, a sua despedida da prova. É óbvio que se tivesse perdido na Luz, o Porto ter-se-ia despedido do título, mas com o triunfo diante do Benfica, por esses um a dois, com remontada, trouxe emoção, entusiasmo e indefinição quanto ao desfecho do campeonato, mantendo essa luta a três, pelo menos durante mais algumas rondas, acicatando já de antemão esse clássico para 5 de Março, em Alvalade, entre Leões e Águias.
Já a luta na cauda da tabela parece reduzida a metade, tanto que a derrota do Tondela, no Estoril, onde até esteve em vantagem, deve-lhe ter reservado a posse definitiva da lanterna vermelha. No outro embate entre despromoveis, Boavista e Académica ficaram em branco, mantendo, por isso, as posições, mantendo os estudantes em lugar de descida, mas a dois pontos do par composto pelo adversário Boavista e pelo madeirense Nacional, como já vimos derrotado pelo Sporting, e a mais um do Marítimo, que também perdeu em casa, por um a três, diante do Braga, que teve eficácia total na primeira parte contra total ineficácia, na complementar, mas alicerçou, para já a sua posição na tabela, já que os Vitórias se empataram em Guimarães, a dois golos, num “amigável” extensivo aos dois técnicos, que viram a segunda parte nas bancadas.
Rio Ave e Paços de Ferreira encerrarão a ronda esta noite, num duelo importante para ambos nessa luta pela Europa, tanto que se encontram, à partida, ultrapassados pelo sensacional Arouca, que derrotou o União da Madeira por três sem resposta e com a proximidade do Belenenses que veio a Moreira de Cónegos vencer os locais por dois a três.

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