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Desporto

Súmula da jornada de 10/11 Maio

12 Maio, 2014 - 11:40

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Confira os principais momentos do fim-de-semana desportivo.

Parabéns e glória aos vencedores, honra aos vencidos! Caiu o pano sobre os campeonatos distritais de futebol, que apaixonaram os seguidores ao longo dos anteriores oito meses. A enorme esperança e a grande confiança reinantes em meados de Setembro prolongou-se até ontem para alguns, foi-se esfumando pouco a pouco para outros e terminou em amargura para um pequeno número. É sempre assim, época após época, e a que agora está prestes a terminar também não fugiu à regra. Chegou o momento de acerto das contas finais para dar lugar ao defeso que servirá para as habituais permutas, eleições directivas e planeamento do futuro.
Iniciemos pela segunda divisão distrital, a de menor importância em termos competitivos. Já anunciado antes da jornada derradeira, o Perre sagrou-se campeão, que se despede com derrota em terras de Âncora, por dois a um, que não retirou brilho à festa. Seguiu-o, na promoção, o Paçô que dependia apenas da sua vitória caseira frente às Águias do Souto e estas foram, literalmente, “depenadas” com oito beliscões que não deram mínima hipótese emotiva sequer e bem cedo fizeram resfriar o ambiente da equipa do Vila Franca, cujos seis golos enfiados na baliza do Darquense de pouco ou nada valeram, ainda por cima, em dia da grande festas das rosas, que, assim, não espalharam seu perfume inebriante.
Uma jornada em que os conjuntos arcuenses tiveram pés quentes, já que os oito golos do promovido Paçô tiveram repetição no Monte Aval, onde o Távora cilindrou a lanterna vermelha, Castanheira, que confirmou o fecho da tabela. Para o trio do Vale, a despedida não deixará saudades, já que todos sofreram derrotas, ainda que não tão volumosas como os courenses, mas o Moreira deixou-se surpreender em Lanhelas, por dois a zero, que lhe causaram a queda definitiva ao undécimo lugar, não evitando o antepenúltimo posto dos lanhelenses, concluindo o Raianos, campeão de Inverno, em sua casa, com expressiva derrota de três disparos do Arcozelo, obtidos na primeira parte, numa demonstração de segunda volta nivelada pela queda vertiginosa de seis degraus.
Restam dois encontros, sendo um a vitória caseira do Fachense sobre o Chafé, em três a um, benéficos aos anfitriões que alternaram lugar com o Moreira e o outro um empate entre Gandra e Caminha, jogo em que se obtiveram seis golos, também eles decisivos para o record de quarenta e um golos numa só jornada.
Com tudo resolvido à partida, cumpriu-se também a jornada final da divisão principal, também ela produtiva em trinta e seis golos. O campeão Cerveira sofreu segunda derrota na prova, em Correlhã, dando valor e expectativa à Supertaça em que se voltarão a defrontar. Desta feita não se repetiu, na íntegra, o “filme” de Piães, embora ao intervalo os locais também estivessem em vantagem por dois a zero e os forasteiros, no decorrer da segunda, chegassem ao empate a dois, só que a segunda penalidade com que Pedro Rocha brindou os anfitriões serviu para a vitória corneliana.
A vice-liderança manteve-se em poder do Castelense que, no Beira-Mar, enfiou uma manita ao Moreira do Lima, confirmando a excelente época dos comandados de Necas Lima, ficando-se o Neves pelo “bronze” após triunfo esmagador em Bertiandos, pagando os locais, com juros elevados, em seis a um, o triunfo administrativo da época passada.
Perpassando pelo quarteto restante do Vale do Minho, destaque ao dérbi no 1º de Janeiro, com sete golos e vitória tangencial do Campos sobre os homens da terra de Deuladeu, uma vitória iniciada no primeiro minuto, alicerçada ao logo de todo o encontro, para dois e três golos de vantagem e que só esteve ameaçada no dealbar da partida, com dois golos de rajada, mas insuficientes para a manutenção do quarto posto monçanense, que ficou no território do Correlhã. De resto, duas prestações antagónicas, uma do Melgacense, uma vez mais derrotado em casa, pelo despromovido Darquense, traduzida em dois a um, com os locais a empatarem nos descontos e a nem assim segurarem esse ponto, e, ao contrário, outra do Courense que se despediu frente aos seus adeptos com triunfo, ainda que magro dum único golo, mas saboroso frente ao rival Atlético dos Arcos.
Mais duas partidas de sentidos opostos, com o Lanheses a triunfar por três a zero em terras da Nóbrega, confirmando a deficiente época dos barquenses, ao passo que o Vitorino de Piães confirmou as credenciais caseiras com triunfo robusto sobre o Vila Fria.
Concluída a prova principal vianense, resta-nos uma despedida em beleza ao Cerveira, rumo ao nacional, bem como duas despedidas, num até breve, a Darquense e Bertiandos, e uma tripla saudação, sendo festiva a Perre e Paçô e de boas-vindas ao Valenciano pelo regresso a um campeonato que bem conhece.
Após a penúltima ronda do nacional de seniores, Vilaverdense, depois do triunfo por dois a zero em Valença, e Fafe, por ter também derrotado o Pedras Salgadas, embora por dois a um, vão reencontrar-se na jornada derradeira que significará para um deles o triunfo nesta fase, inatingível pelo Vianense, não obstante o triunfo em Mirandela, obtido com um golo único. Já o Ninense conseguiu empatar por um golo em Santa Maria e permutar a lanterna vermelha, agora propriedade do Valenciano.
Na série de subidas, a glória foi alcançada pelos “capões” de Freamunde, após triunfar no Cruzeiro, com dois golos sem resposta do Limianos, ficando a decisão sobre o segundo classificado, que reunirá mais uma hipótese na promoção, adiada até à ronda final, reservada ao Vizela, que triunfou sobre os axadrezados, por dois a zero, bem como ao Vitória de Guimarães, com robusto triunfo, por um a cinco, em terras de Cesar, concluindo-se o jogo de mero cumprimento do calendário numa vitória, por dois a um, do S. João de Ver sobre o Bragança.
Finalmente, no futebol dito profissional, as grandes emoções tiveram lugar pela tarde de Sábado, onde na Cabovisão o Aves confirmou o lugar da liguilha, bastando-se no triunfo sobre o Ac. Viseu sem necessidade sequer de recorrer ao empate dos flavienses na Trofa. Terá agora como adversário o Paços de Ferreira, derrotado caseiramente pela Académica, valendo-lhe o Vitória de Setúbal que também venceu o Olhanense e provocou a queda do conjunto algarvio, único a deixar, por enquanto, a divisão maior. Do trio em risco à entrada para a jornada final, salvou-se o Belenenses, conseguindo-o não só pelas derrotas dos dois “parceiros” mas também pela sua vitória magra sobre o Arouca.
Voltando à Cabovisão, o Moreirense juntou a festa da subida ao título de campeão, conseguida pelo triunfo sobre o Tondela, onde um golo único foi suficiente para garantir o primeiro posto, embora o Porto B, com vitória pela mesma margem em Alcântara, estivesse à espreita de escorregadela dos Cónegos.
De resto, uma ronda que teve um dos clássicos menos interessantes de sempre, já que não há recordação dum Porto/Benfica tão “apagado”, que serviu para os dragões salvarem a honra do convento com a vitória por dois a um sobre uma equipa encarnada, que teve pés no Dragão mas cabeças em Turim. E ninguém se admirou por isso. Mas admiraram-se, talvez, com a despedida em baixa do Leão, derrotado em Alvalade pelo conjunto sensação da época – o Estoril, que confirmou também esse atributo nesta última jornada.
E assim se despede um campeonato com mais sabor a Sul, como o confirmam as presenças europeias de Benfica e Sporting, pela Champions, e de Estoril e Nacional, pela Europa, ficando-se o Norte, além do Porto pelo Rio Ave, já que o Braga terminou na pior classificação da era Salvador.
Ficaram os arsenalistas pela consolação do título em Juniores, trinta e sete anos depois. Um título, nesse escalão, ainda por decidir, a nível distrital, ficando para a última ronda, com três galos em busca do único poleiro que dá acesso ao nacional, ao contrário de Juvenis, já garantido pelo Cerveira a duas rondas do final, concretizado pela vitória na Correlhã e beneficiando da ajuda do Moreira com o empate em Viana.
Assim, embora haja mais alguns títulos, aos já consignados e às provas concluídas, reiteramos os parabéns e glória aos vencedores e a honra e dignidade aos vencidos.

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