Solheiro pede ao Governo mudança de legislação para evitar industrialização do Alvarinho. Campelo disponível para apoiar setor

Aproveitando a visita do secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, na abertura da 18ª edição da Festa do Alvarinho e do Fumeiro, o presidente da Câmara de Melgaço aproveitou, esta sexta-feira, para pedir uma mudança de legislação no exercício da atividade industrial que “está a criar graves problemas aos produtores de Alvarinho”. Em cima da mesa está o facto da produção desta sub-região de Monção e Melgaço não ser considerada uma atividade produtiva local, e ter de ser industrial.

O autarca explicou que este cenário de ter adegas industrializadas, não agrada aos produtores uma vez que a grande maioria deles têm negócios familiares e tradicionais, e a nova lei exige um investimento avultado para colocar em prática as exigências.

Lembrando que este é um problema que já se arrasta desde o anterior Governo, Rui Solheiro criticou as decisões tomadas no Terreiro do Paço, sem ter conhecimento sério da realidade desta sub-região. E acrescentou: “mais do que apoios da administração central, precisamos que não nos criem entraves”.

Solheiro não deixou também passar a questão da delegação de competências para os municípios, alertando que não querem ser “meros observadores”, mas ter um papel ativo na resolução de problemas.

A áreas das florestas e da agricultura foram as mais mencionadas, matérias que até aqui estão nas mãos do Governo mas que, segundo o autarca melgacense, as autarquias podem gerir ainda melhor dada a proximidade.

Em resposta, Daniel Campelo revelou que o estudo que o Governo está a fazer em torno desta matéria vai ser conhcido publicamente entre esta sexta e segunda-feira.

O secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural frisou que o Govenro está receptivo a este pedido de autonomia das autarquias.

De resto, Daniel Campelo elogiou o trabalho dos produtores de vinho Alvarinho, lembrando que em termos de exportação se tem registado um aumento signifiativo. Deixou ainda uma palavra de incentivo para que este trabalho de dar a conhecer o Alvarinho ao mundo deve continuar, e os produtores precisam de estar articulados com as diversas entidades.