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Alto Minho

Sindicatos querem criar uma “base de dados” de trabalhadores para evitar “economia paralela”

21 Fevereiro, 2012 - 09:50

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As Federações Sindicais do Norte de Portugal e Galiza decidiram unir esforços e criar uma “base de dados” de trabalhadores a actuar nos dois lados da fronteira.

A falta de trabalho no país tem levado muitos alto-minhotos a procurar trabalho lá fora. Apesar de próxima, a Espanha não é hoje a melhor opção. Só na construção civil, há a registar uma quebra entre 5 a 10 por cento de trabalhadores minhotos naquele país. Poucas obras são sinónimo de desemprego. Esta situação tem, contudo, proporcionado outros caminhos, a “chamada economia paralela”.

Foi para combater estes casos que as Federações Sindicais do Norte de Portugal e Galiza decidiram unir esforços e criar uma “base de dados” de trabalhadores a actuar nos dois lados da fronteira. “Evitar o trabalho escravo e ilegal” e “combater a economia paralela” são os objectivos, tal como explicou à Rádio Vale do Minho, o coordenador de Sindicatos de Viana do Castelo.

Branco Viana realça que só a união entre centrais sindicais, patronais e autoridades para as condições do trabalho dos dois lados da fronteira poderão evitar aquelas situações de exploração laboral.

O dirigente não sabe quantos trabalhadores se encontram em mobilidade laboral, mas sublinha que os casos de trabalho ilegal ou exploração laboral existem e tendem a aumentar, como forma de “desenrascar”.

Com esta “base de dados” será possível saber quantos trabalhadores “passam a fronteira” para trabalhar, permitindo o cruzamento de dados entre os dois países. Os dados que os sindicalistas desejam ver cruzados dizem respeito à segurança social, dados fiscais, contratação colectiva e até acções de inspecção do trabalho.

Esta proposta será apresentada pelas Federações Sindicais do Norte de Portugal e da Galiza no Concelho Económico e Social a 9 de Março, na Galiza. Neste encontro, estarão presentes membros dos governos português e espanhol.

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