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Peneda/Gerês

Sensores de incêndios começam a funcionar na Peneda-Gerês a 01 de junho

22 Maio, 2013 - 08:57

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O Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG) estreia a 01 de junho um sistema de vigilância com sensores óticos que distinguem fumo orgânico de fogos florestais a 15 quilómetros de distância, num investimento que ronda um milhão de euros.

O Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG) estreia a 01 de junho um sistema de vigilância com sensores óticos que distinguem fumo orgânico de fogos florestais a 15 quilómetros de distância, num investimento que ronda um milhão de euros.

“Este sistema – de monitorização e apoio à decisão operacional através de espetrometria ótica – entra em funcionamento a 01 de junho”, afirmou hoje fonte oficial da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), questionada pela Lusa.

A implementação deste sistema, que segundo a Proteção Civil tem a “capacidade única” de reconhecer fumo orgânico através de uma análise química da atmosfera, tinha sido anunciada para o verão de 2012 mas só agora será concretizada.

Consiste em 13 câmaras com sensores distribuídas pela área do parque e já estará em funcionamento durante fase crítica de incêndios florestais, entre julho e setembro. Será operado pela ANPC, através dos seus Comandos Distritais de Operações de Socorro (CDOS) de Viana do Castelo (sete câmaras), Braga (quatro) e Vila Real (duas).

“O investimento ronda um milhão de euros, suportado pela ANPC e Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF)”, acrescentou a fonte. A escolha do PNPG para instalação deste projeto pioneiro no país foi justificada pela ANPC com a “importância desta área e da necessidade de uma pronta e rápida deteção e decisão sobre o nível de intervenção de meios”.

Esta semana, os deputados do PCP questionaram o Governo sobre se a instalação destes sensores óticos está atrasada e quais as razões. Num requerimento dirigido ao ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, os parlamentares comunistas afirmavam que foram informados, após reunião com o CDOS de Braga, “que a instalação dos sensores está atrasada o que poderá potenciar as fragilidades no sistema de deteção de fogos”.

Trata-se de um sistema que, explicou à Lusa, em 2012, fonte da ANPC, consegue distinguir o fumo dos incêndios “de outras fontes”, como por exemplo o proveniente de indústrias, decidindo “de forma completamente autónoma, até uma distância de 15 quilómetros, se há motivo para enviar um alerta de incêndio”.

Integra um sensor ótico remoto de grande alcance e uma câmara ótica de elevada resolução, a qual realizará um varrimento horizontal de 360 graus e vertical entre 45 a 90 graus. Inclui ainda sensores atmosféricos que monitorizam as condições atmosféricas do local, como de temperatura, humidade, direção e velocidade do vento, e pluviosidade.

Em caso de alarme, o sistema fornece “informações adicionais” aos centros de comando, como a “localização exata do fogo, fotografia da deteção e dados meteorológicos, que envia para um servidor central a partir do qual se possam emitir alertas para outros dispositivos” e garantindo “uma resposta pronta e o mais adequada a cada situação”.

Entre 1990 e 2008, segundo dados do então Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade, ocorreram no PNPG 1.455 incêndios florestais, totalizando uma área ardida de 21.059 hectares.

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