O diretor-geral da Autoridade Marítima garantiu hoje que Portugal está melhor preparado para acudir a uma situação como a que envolveu o barco ‘Luz do Sameiro’, face ao reforço do dispositivo de salvamento.
“Estamos num patamar, em termos de equipamento, elevado. Temos uma cobertura do país com embarcações deste tipo, num programa que veio no seguimento do grande acidente com o ‘Luz do Sameiro’”, explicou, em Viana do Castelo, o almirante Álvaro Cunha Lopes.
A embarcação de pesca ‘Luz do Sameiro’ naufragou em dezembro de 2006 junto à praia da Nazaré e só um dos sete tripulantes do barco, de nacionalidade ucraniano, é que foi salvo.
O acidente deu-se a 20 metros da costa e colocou em causa a estrutura nacional de socorro disponível para emergências deste tipo, levando o Governo a anunciar um plano de reequipamento.
Depois disso, no âmbito deste programa, foram adquiridas para a Marinha, até 2012, dez lanchas de salvamento rápido, com dez metros de comprimento e velocidades que chegam aos 40 nós.
Esta terça-feira, foram entregues em Viana do Castelo mais duas, construídas no estaleiro local da Searibs, já responsável pela entrega das primeiras cinco do género.
Cada uma destas lanchas, operadas pelo Instituto de Socorros a Náufragos, representa um investimento que ronda os 380 mil euros e resulta de um projeto desenvolvido pelas empresas construtoras em conjunto com a Marinha.
Segundo o diretor-geral da Autoridade Marítima, as duas novas embarcações salva-vidas serão colocadas em Cascais e em Funchal, alargando a cobertura a todo o país.
“Caracterizam-se pela sua grande velocidade, porque rapidamente chegam aos locais de acidente, e pelo comportamento que têm no mar”, explicou o almirante Álvaro Cunha Lopes, durante a sessão de entrega das novas embarcações, que decorreu em Viana do Castelo.
O plano de reequipamento que se seguiu à tragédia que envolveu os pescadores do ‘Luz do Sameiro’ envolveu ainda a aquisição de três salva-vidas de grande capacidade, da classe vigilante, distribuídos por Viana do Castelo, Sagres e Peniche.
“Os meios são sempre necessários. Já temos uma cobertura que nos permite estar folgados, por assim dizer. Mas, evidentemente que se tivermos capacidade, vamos ainda melhorar essa cobertura”, rematou Álvaro Cunha Lopes.
Também hoje foram entregues à Polícia Marítima, pela mesma empresa de Viana do Castelo, mais duas lanchas, de 10,8 metros de comprimento, ambas cabinadas.
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