PUBLICIDADE
3
AVANÇAR

Menu

+

0

0

Viana do Castelo

Revogação das construções para a Marinha torna empresa “mais vulnerável” – trabalhadores

14 Setembro, 2012 - 08:10

137

0

Os trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) admitiram que a empresa está “mais vulnerável” aos grupos económicos depois de revogado o contrato para a construção de vários navios para a Marinha.

Os trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) admitiram que a empresa está “mais vulnerável” aos grupos económicos depois de revogado o contrato para a construção de vários navios para a Marinha.

“Esta é uma decisão lamentável e o culminar de um receio que já tínhamos. A empresa fica agora mais vulnerável face aos grupos económicos”, apontou à agência Lusa o porta-voz da comissão de trabalhadores dos ENVC.

António Costa assumiu que esta encomenda, feita em 2004, “era a salvaguarda dos interesses da Marinha e da viabilidade da empresa” de Viana do Castelo.

“Estão a atirar os trabalhadores contra a parede. Tiraram-nos quase a última ferramenta que tínhamos para lutar contra a reprivatização”, admitiu, reconhecendo a “necessidade” deste contrato para garantir a sobrevivência dos estaleiros.

O Conselho de Ministros revogou uma resolução de 2004 que encomendava a construção de seis Navios Patrulha Oceânica (NPO) e cinco Lanchas de Fiscalização Costeira (LFC) aos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC).

Fonte governamental explicou à agência Lusa que esta revogação “pretende salvaguardar o interesse do Estado” no processo de reprivatização dos ENVC, tendo em conta tratar-se de um compromisso que implicaria pagamentos na ordem dos 57 milhões de euros em 2013 e 38 milhões de euros no ano seguinte.

Além disso, o projeto destes navios “permanecerá na propriedade do Estado”, explicou a mesma fonte, numa altura em que o Governo admite concluir o processo de reprivatização dos ENVC até final do ano.

A encomenda destes navios aos ENVC foi decidida em 2004, quando Paulo Portas liderava o Ministério da Defesa Nacional, no âmbito do programa de reequipamento da Marinha para substituição de corvetas com 40 anos de serviço.

Últimas