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Desporto

Resumo do fim-de-semana desportivo de 28 a 29 de Abril.

30 Abril, 2012 - 10:27

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A três jornadas do final do campeonato, está resolvida a questão do título: o Porto sagrou-se campeão nacional. E para cúmulo duma época marcada por grandes polémicas e inconstâncias, só faltava mesmo ser campeão no sofá! É claro que o Porto não tem culpa disso, nem esperava tanta benesse do seu eterno rival lisboeta, mas o momento conturbado que vive o nosso futebol não abona os dirigentes, quer federativos, quer patronais, quer mesmo sindicais.

A três jornadas do final do campeonato, está resolvida a questão do título: o Porto sagrou-se campeão nacional. E para cúmulo duma época marcada por grandes polémicas e inconstâncias, só faltava mesmo ser campeão no sofá! É claro que o Porto não tem culpa disso, nem esperava tanta benesse do seu eterno rival lisboeta, mas o momento conturbado que vive o nosso futebol não abona os dirigentes, quer federativos, quer patronais, quer mesmo sindicais.
No entanto, o momento, para os portistas, é de festa e há que felicitá-los, por isso. Como de resto, o queremos fazer hoje também aos oito magníficos atletas do Leira que passaram indiferentes aos “negócios” obscuros e à denegação da imagem e credibilidade do futebol. Essa reflexão daria “pano para mangas” e esse não é o momento apropriado. Parabéns, Porto, e vamos ao que interessa.

O nosso campeonato da Divisão de Honra é bem mais competitivo que o profissional e acabámos de sair dum fim-de-semana repleto de emoções e expectativas. Tal como o principal, também teve lugar a antepenúltima ronda, mas ao contrário, o título só será mesmo decidido na última jornada.
O jogo da jornada e do título – Neves/Ponte da Barca – terminou empatado com um golo para cada lado. O Neves marcou na primeira parte, mas a Barca não permitiu a festa dos vianenses e, assim, manter-se-á o mano a mano até aos instantes finais. Quem sabe mesmo se não teremos campeão quando surgir o último apito da prova. É que, segundo os regulamentos oficiais em vigor na Associação, se as duas equipas terminarem empatadas pontualmente, terá que haver jogo de desempate entre ambas! Isso até nem é impossível, bastando as duas equipas vencer os dois jogos em falta ou apenas o que disputarem em casa.
A animação na dianteira ganhou ainda contornos mais complexos com a vitória do Courense, ainda que pela margem mínima de um só golo, mas que coloca os comandados de Quim Zé, que até já lideraram a prova, a um escasso ponto da dupla do topo. E até poderemos ter empate a três, situação que beneficiaria o Neves! Duma ou doutra maneira, com ou sem diferenciação de pontos, a verdade é que estamos perante uma das maiores e mais equilibradas provas dos últimos anos.
O Desportivo de Monção deve ter saído destas contas, após ter consentido o seu décimo primeiro empate, ontem, em Vitorino de Piães, onde esteve em vantagem até à entrada da recta final da partida, mas poderá ser fiel de balança em matéria decisiva na atribuição do título, já que enfrentará Neves e Barca nestas jornadas finais.
De mal a pior está o Valenciano, que claudicou no seu terreno perante a lanterna vermelha da prova e já despromovido Ancorense, mantendo-se também luta acesa no fundo da tabela, tal qual a situação da frente, estando ainda quatro equipas envolvidas na fuga a dois lugares. A única certeza é mesmo a de que teremos competição até ao derradeiro momento.

Descendo um degrau, a antepenúltima ronda da I Divisão, longe de trazer decisões, acabou por enveredar em maiores confusões e “embrulhar” as classificações, a ponto de qualquer equipa poder, nesta momento, alcançar a tão almejada subida.
O Campos não conseguiu melhor que um nulo caseiro frente ao Paçô, o que, pelas perspectivas e projecções, lhe teria retirado quase todas as hipóteses de aspirar ao objectivo de subida. Só que as derrotas menos esperadas de Vila Fria, em Arcozelo, por um golo sem resposta, e do Bertiandos em Gandra, surpreendendo esta pela meia dúzia de golos encaixados, baralharam tanto que há quatro clubes empatados com dez pontos cada. Tal como na Honra, apercebe-se que só o apito final trará todas as decisões, se não houver mesmo necessidade de recurso a extras.
Tudo adiado também para a ronda derradeira em ambas as séries do Torneio. Na Série Vale do Minho, saliência para o empate do dérbi monçanense entre Raianos e Moreira, a dois golos, mantendo o equilíbrio de época entre ambos, bem como do Castanheira perante o Fachense, deixando abertas todas as hipótese ao Lanhelas, vencedor em Moledo, bastando-lhe uma igualdade no encontro final, em sua casa, perante o Raianos.
Na outra, os líderes Perre e Caminha, jogando fora, conseguiram o mesmo resultado de empate por dois golos, deixando aproximar-se o Chafé com vitória frente ao Águias do Souto, podendo qualquer deste trio disputar a final, embora a vantagem esteja do lado do Perre, único a depender de si próprio.

Pelo Nacional, o Melgacense, em dia de golos de Alvarinho, “brindou” o Fão com cinco, conseguindo uma das vitórias mais fáceis da época, onde tudo saiu bem aos comandados de Paulinho e atirando os fangueiros para um lugar donde dificilmente sairão, a não ser para despedida rumo aos Distritais. Não garantindo a permanência aos melgacenses, esta vitória era indispensável e pode constituir um tónico motivador para as duas deslocações que aí vêm, mormente em Amares, encontro que terá a maior dose de decisão, em função da vitória do Marinhas perante os rivais da sede concelhia.
Ao invés, a derrota do Cerveira em Amares, confirmou o destino dos homens da vila das artes para a próxima época. Apesar de ter chegado à desvantagem por três a zero, os comandados de Aníbal Ferreira ainda tentaram a inversão do resultado e quase iam conseguindo averbar um ponto, que seria certamente mais prejudicial ao adversário que benéfico para a sua conta. Porém, a derrota, pode dizer-se com propriedade, provocou a despromoção, restando à colectividade encarar os últimos encontros com empenho e competitividade para salvar a verdade desportiva e dignificar a colectividade.

E em remate, palavra final ao Inatel, onde o Longos Vales foi empurrado para festejar a despedida com derrota em Cabaços, já que como mencionou o Presidente “o árbitro só não nos tirou a Taça porque não dava”. Eis a razão para o seu desabafo de felicidade: “nem com o campeonato arrumado…”, que é como quem diz, grande mossa provocada às equipas de Ponte de Lima, onde tantas não foram capazes de superar os sanjoaninos, a quem voltamos a felicitar pela conquista do título e desejar as melhores venturas para a fase nacional.
O Estrela despediu-se com empate caseiro frente ao Adecas, que não foi suficiente para o retirar do último lugar.

Em suma, foi um fim-de-semana de emoções e incertezas e assim haverá de continuar o próximo, certamente. Aguardemos e parafraseemos o consagrado homem da rádio: “haja corações a resistir”.

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