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Desporto

Resumo do fim-de-semana desportivo de 16 e 17 de Fevereiro

18 Fevereiro, 2013 - 11:52

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Contrariando o ritmo da liturgia, que consagra o jejum quaresmal, o primeiro Domingo dessa quadra trouxe-nos barrigadas de golos em alguns campos, à mistura com momentos de verdadeira loucura e dignos de propiciar trabalhos extraordinários aos desfibrilhadores.

Contrariando o ritmo da liturgia, que consagra o jejum quaresmal, o primeiro Domingo dessa quadra trouxe-nos barrigadas de golos em alguns campos, à mistura com momentos de verdadeira loucura e dignos de propiciar trabalhos extraordinários aos desfibrilhadores.
Na divisão de Honra vianense, o par da frente proporcionou momentos de verdadeira loucura, ora alternando-se na liderança, ora afastando-se entre si, para terminarem, em cima do segundo final, com as mesmas posições com que partiram para a ronda.
Nove golos aconteceram em Paredes de Coura, alguns espaçados em apenas um minuto, o que desde já significaria emotividade, acrescida pelo facto de terem sido cinco para os locais e quatro visitantes, com a particularidade do Bertiandos ter estado três vezes na frente do marcador e os dois conjuntos se encontrarem igualados em dois ao intervalo. Em Lanheses, o Valenciano chegou a liderar a classificação, quando o Bertiandos vencia em Coura, mas também esteve durante bastante espaço de tempo a quatro pontos do seu concorrente, quando se encontrava empatado e o Courense em vantagem, mas acabou por cifrar a diferença pontual nos dois pontos, com o golo da vitória apontado em cima do segundo final da compensação. Não era manifestamente possível e muito menos provável haver tantas emoções em pouco mais de hora e meia! Oxalá este mano a mano se mantenha com este ritmo por mais alguns encontros, pois os espectadores e nós agradecemos.
E com o Cerveira em folga, o Neves aproveitou para se isolar no terceiro posto, graças à vitória mais magra desta jornada, concretizada com apenas um golo frente aos Vitorinos de Piães, mas à medida que se vão descontando rondas e sem os da dianteira perderem terreno, adensam-se as dificuldades aos vianenses.
A quarta equipa do Vale, o Campos, averbou uma derrota em terras de Vila Fria, apenas atenuada pelo ponto de honra ao cair do pano, e provocou-lhe a queda de dois degraus, tendo sido ultrapassado pelos próprios vilafrigidenses e pelo Moreira do Lima, de volta aos momentos iniciais da época, que ontem ofuscou a lanterna vermelha com cinco tentos apontados, colocando a equipa da terra das rosas em posição de enorme dificuldade para dela poder fugir.
Restam dois confrontos, curiosamente vencidos pelos anfitriões e pela mesma margem de dois a zero, como foram os triunfos da Correlhã perante o Távora, permitindo a consolidação do quinto posto aos cornelianos, e do Castelense sobre o Paçô, que permitiu aos da Beira-Mar regressar às vitórias no retorno a casa, três semanas depois, saltando dois lugares e permutando o penúltimo degrau com o seu adversário.
Em suma, campeonato de enorme ansiedade, expectativa a rodos e emoções à flor da pele, ou seja, com todos os ingredientes para ansiarmos, rapidamente, por nova jornada, que acontecerá já dentro de seis dias.

Não menos empolgante se desenrolou a divisão secundária, com o líder Darquense em novo tropeço na Facha, perdendo na segunda parte a vantagem da primeira e averbando derrota que veio relançar toda a frente da prova, nela se englobando também o seu adversário de ontem, bem como Caminha que triunfou sobre o vizinho e conterrâneo Lanhelas, por dois golos sem resposta, atirando com o adversário para fora do pódio, embora em igualdade pontual com o Perre, triturador em Chafé, com a obtenção de quatro golos sem resposta que atiraram os locais para o penúltimo lugar da prova. A dupla Perre/Lanhelas, agora parceiros de “andar”, foi ultrapassada pelo frenético Atl. Arcos, regressado às boas exibições e goleadas, já que ontem à tarde infligiu sete ao Vitorino das Donas e deu, mais uma vez, indicações precisas que volta a entrar nas contas da subida e do título.
Mas há que contar ainda com o Raianos, apesar da ronda lhe ter provocado sérias dores de cabeça, acabando por conseguir marcar mais um golo que o Ancorense, dentre os sete marcados, com menos um atleta que o adversário, num jogo frenético e electrizante, em que os forasteiros estiveram três vezes em vantagem, em que também foram marcados dois golos num minuto e com o Raianos a dar a machadada final em tempo de compensação e em inferioridade numérica.
Já agora, no resto das equipas do Vale, o Moreira esteve em descanso e o Castanheira “intoxicou” com o chá do intervalo, pois vencia por três a um e saiu derrotado na Carapita, em mais um encontro de chapa sete, que permitiu às Águias saltarem mais um galho no poleiro, em troca com o Chafé.
Finalmente a lanterna vermelha voltou a patinar no seu campo e possibilitou ao Arcozelo obter o recorde da prova com os oitos golos apontados, contribuindo decididamente para a média de cinco e meio/jogo, em resultado dos trinta e nove marcados. Viva o futebol espectáculo, com esta farturinha de golos!

E não sendo tão espectacular, a jornada do nacional também teve os seus motivos de interesse, não para as equipas do Vale que soçobraram frente aos conjuntos de Esposende, mas para o Vianense que alcançou a vice-liderança à custa do seu adversário Ronfe, fruto da vitória por três a um, passando a “independente” no que à manutenção concerne. Igualmente o Bragança colheu frutos, não só com a garantia do apuramento para a segunda fase no grupo dos eleitos, mas também no alcançar de mais três pontos frente aos barquenses, ampliando a diferença pontual para o imediato seguidor, apesar de ter praticamente despedido os minhotos destas andanças.
Despedida teve também o Merelinense, derrotado em seu domínio pela equipa de Santa Maria que, assim, se mantém no grupo da luta onde mora a esperança. Dentre candidatos a este mesmo painel, saldou-se por empate o dérbi entre os vizinhos, geográfica e pontualmente, Maria da Fonte/Taipas que agora vêm o Marinhas colado às suas peugadas, constituindo este trio aquele que animará as três derradeiras jornadas, já que espaçados apenas por dois pontos e um deles não vai conseguir entrar ou manter-se nessa carruagem de primeira.
Entre os nossos, o Desportivo quebrou o ciclo de resultados positivos, já que o golo apontado no último segundo foi insuficiente para anular os dois marcados pelo Marinhas, que lhe poderão ser proveitosos para as contas finais, sendo a derrota ainda mais prejudicial aos monçanenses pelo facto da vitória do Esposende frente aos jovens melgacenses ter mergulhado os da terra de Deuladeu na lanterna vermelha isolada e já a necessitar de dois desaires dos esposendenses para a ultrapassagem. Dos miúdos de Melgaço, haverá apenas que realçar progressão no que ao encaixe de golos respeita, dando já boa nota de si mesmos frente a conjunto bem mais esclarecido e experiente.

Apenas uns apontamentos finais neste fim-de-semana alucinante em matéria desportiva, para realçar alguma dificuldade do Longos Vales para bater o Gárcea, pela margem mínima de dois a um, dando importância e obrigando a cautelas no jogo da segunda mão onde um terá passaporte para a final da Taça. Idem idem diremos do outro encontro, já que o Calheiros obteve o mesmo resultado perante o Deucriste, deixando em aberto a expectativa sobre os finalistas.
Não sendo óptimo, o sensacional Limianos trouxe um ponto do Bessa, apontando e sofrendo dois do Boavista, mantendo-se pelos honrosos lugares de topo.
Entre os grandes, foi por pouco que a parceria da dianteira se não desfez, já que uma penalidade milagrosa em período compensatório salvou a águia dum chumbo perante a academia coimbrã, pois o dragão precavido não se assustou ao Beira-Mar. Uma jornada que trouxe ainda a honra ao mérito juvenil do leão, apesar de ter que se haver com o atrevimento do “galo”.
Após recordar tantos episódios narrados, apetece-nos mencionar: venha depressa novo fim-de-semana.

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