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Caminha

Recuperação da duna de Moledo concluída até à próxima época balnear

20 Setembro, 2012 - 11:33

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A Agência Portuguesa para o Ambiente (APA) assumiu hoje que a recuperação do cordão dunar de Moledo, Caminha, que esteve prevista para o início do ano, estará concluída antes do arranque da época balear, em 2013.

A Agência Portuguesa para o Ambiente (APA) assumiu hoje que a recuperação do cordão dunar de Moledo, Caminha, que esteve prevista para o início do ano, estará concluída antes do arranque da época balear, em 2013.

O início da intervenção estava previsto pela antiga Administração da Região Hidrográfica do Norte (ARHN) para o primeiro trimestre de 2012, mas, em maio, foi anunciado o seu adiamento para depois da época balnear deste ano, de forma a não condicionar aquela atividade.

Contactada pela agência Lusa, fonte oficial da APA, que passou a reunir os vários institutos públicos ligados ao Ambiente, admitiu apenas que se “prevê que a intervenção esteja concluída antes da época balnear de 2013, de modo a não causar qualquer perturbação na praia de Moledo”.

A fonte acrescentou que o projeto, orçado em 492 mil euros, terá duas componentes de financiamento, sendo a nacional, equivalente a 15 por cento do total, assegurada pelo Fundo de Proteção de Recursos Hídricos (FPRH) através de uma candidatura “já aprovada”.

“No que diz respeito à componente comunitária, e tendo em conta que o Programa Operacional de Valorização do Território foi, recentemente, alvo de um processo de reestruturação, a APA vai iniciar de imediato a submissão do projeto no sistema de informação do respetivo programa”, explicou ainda a fonte.

A zona balnear de Moledo é um das mais procuradas do norte do país e a “recuperação duradoura” da duna deverá decorrer durante mais de dois meses, envolvendo métodos inovadores para “mitigar o impacto paisagístico”, indicou fonte ligada ao projeto.

A redução do cordão dunar acontece praticamente em frente ao Forte da Ínsua, alguns metros a norte do local, aonde, em fevereiro de 2011, uma situação semelhante ameaçou um moinho convertido em habitação.

A água esteve também perto de outras habitações, além de ter destruído um guarda-corpos do paredão em cerca de trinta metros.

“De salientar ainda que, fruto de uma recarga natural de areia, a zona de erosão não se agravou, tendo mesmo permitido a instalação de apoios mínimos de praia para a época balnear 2012”, sublinha a APA, recordando que esta instalação não ocorreu em 2011, já que aquele local foi classificado como de “uso suspenso”.

A intervenção no cordão dunar de Moledo foi estudada pelo especialista Veloso Gomes e prevê, segundo o projeto, “três ações diferentes, mas complementares”, a começar pelo “tamponamento do topo da estrutura da defesa”, com a colocação de betão ciclópico na extremidade norte da estrutura aderente construída nos anos 40 do século 20.

Será realizada, ainda, a reconstituição da duna, “dotando-a de um núcleo artificial resistente”, uma ação descrita como “inovadora” e que consiste na “colocação de tubos de geotêxtil de grande dimensão”, entre os três e os sete metros, de cor amarela ou ocre, preenchidos com areia e capazes de reter o material sedimentar.

“Serão colocados perto da arriba, ao longo de cerca de 330 metros, e deverão ser cobertos de areia, de forma a mitigar os impactes paisagísticos”, acrescentou uma fonte ligada à intervenção, que prevê também a deposição de areia entre a zona entremarés e o cordão dunar, reconstituindo “um perfil próximo do anteriormente existente”.

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