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Viana do Castelo

Reabilitação do navio Gil Eannes concluída até final do ano por 750 mil euros

19 Fevereiro, 2013 - 11:34

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Em causa estão obras no valor de 750 mil euros, comparticipadas por fundos comunitários, que visam transformar o navio, ancorado na doca de Viana do Castelo desde 1998, na porta de entrada do futuro Centro de Mar da cidade.

A reabilitação do antigo navio-hospital Gil Eannes, iniciada hoje nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC), deverá estar concluída até final do ano, anunciou a fundação que gere o navio.

Em causa estão obras no valor de 750 mil euros, comparticipadas por fundos comunitários, que visam transformar o navio, ancorado na doca de Viana do Castelo desde 1998, na porta de entrada do futuro Centro de Mar da cidade.

“Até final do ano esperamos ter a obra concluída. Vamos reabilitar o resto do navio, nomeadamente algumas partes que estavam muito degradadas, fruto dos anos, e abrir espaços que antes estavam fechados para apresentar a história e ligação de Viana do Castelo ao mar e à pesca do bacalhau”, explicou José Maria Costa, presidente da Fundação Gil Eannes.

Pela primeira vez em 15 anos, o navio-museu deixou hoje a doca da cidade e foi rebocado para os ENVC, empresa que o construiu em 1955 para servir de apoio à frota bacalhoeira nacional.

A viagem de poucas centenas de metros foi acompanhada por centenas de curiosos até à entrada na doca dos ENVC. Na empresa, o navio será intervencionado, em doca seca, para recuperação e pintura do casco, antes de regressar ao local habitual para os restantes trabalhos de adaptação, dentro de três semanas.

“É um navio que tem uma grande história para Viana do Castelo. Atendendo também à situação difícil dos estaleiros, vermos a empresa acolher o navio é também muito importante para nós, porque é a casa-mãe do Gil Eannes. É uma emoção grande”, admitiu José Maria Costa, que é também presidente da Câmara local.

Em 2014, todas as valências do navio deverão estar a funcionar, nomeadamente depois da recuperação de camarotes e porões que servirão para criar novos espaços expositivos, um centro de interpretação e documentação do mar e a zona de receção do futuro Centro de Mar.

O Gil Eannes foi um dos maiores cartões-de-visita dos ENVC, dada a complexidade tecnológica que representou para a empresa. Incorporou a bordo sistemas de ar condicionado, salas para a realização de cirurgias e até de radiografias, entre muitas outras valências inovadoras para a época, sobretudo médicas.

O navio desempenhou a missão de assistência médica aos pescadores da frota bacalhoeira portuguesa nos mares do norte durante cerca de 20 anos, mas, em 1998, estava numa sucata para ser desmantelado quando foi resgatado pela sociedade vianense.

Em quinze anos como navio-museu, o Gil Eannes foi visitado por mais de 600 mil de pessoas.

Ainda durante o mês de fevereiro, tal como foi anunciado há dias, a fundação Gil Eannes pretende lançar a concurso a concessão da pousada que funcionou a bordo do navio, depois do abandono da exploração assumida durante uma década pela Movijovem.

Segundo José Maria Costa, alguns promotores privados visitaram o navio nos últimos dias e “demonstraram interesse” na gestão das dormidas no navio, que até 31 de dezembro funcionou integrado na rede de Pousadas de Juventude.

“O nosso objetivo passa por ter a pousada a funcionar em pleno já na época alta, ou seja de abril a outubro”, sublinhou.

Com cerca de 60 camas, a pousada funciona nas antigas enfermarias do antigo navio-hospital e recebia anualmente cerca de 7.000 dormidas.

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