A Quintas de Melgaço (QM) registou um crescimento das exportações de 80% no ano passado, enquanto o mercado nacional aumentou cerca de 10%.
Os números são avançados pelo Jornal de Negócios [notícia exclusiva para assinantes] que dá ainda conta de que as vendas totais da QM somaram 4,5 milhões de euros.
Em entrevista àquele periódico, o administrador daquela empresa vitivinícola, Pedro Soares, admitiu que o conflito entre a Rússia e a Ucrânia prejudicou as vendas da QM para os países bálticos.
No entanto, a empresa está agora determinada em apostar noutros mercados nomeadamente Japão, Coreia do Sul e Suécia.
Diamante no Japão
Recorde-se a QM viveu mais um momento de glória, desta vez no Japão.
O vinho Torre de Menagem foi premiado com o Diamond Trophy, distinção máxima da conceituada competição internacional SAKURA Japan Women’s Wine Awards.
Esta é a quarta vez consecutiva que a qualidade dos vinhos Quintas de Melgaço é premiada neste concurso, que se distingue no panorama mundial pela particularidade de ter um júri exclusivamente feminino. Nesta edição de 2023, 430 mulheres especialistas em vinhos provaram 4.222 referências distintas, oriundas de 27 países.
Depois de ter sido, recentemente, alvo de rebranding, assinado pelo atelier de design Rita Rivotti, esta consagração atribuída ao Torre de Menagem coloca Portugal e a região de Melgaço nos holofotes do mundo, designadamente no mercado japonês, reconhecido pela exigência que o define no que diz respeito à qualidade.
Sobre a Quintas de Melgaço
A QM é detida em 62,8% pela Câmara de Melgaço, fruto de uma doação do fundador, e por 530 pequenos produtores da casta alvarinho.
A ideia da sua criação remonta a 1990, quando Amadeu Abílio Lopes, emigrante melgacense que há mais de meio século procurou e conseguiu fortuna no Brasil, procurou uma forma de valorizar os produtos da sua terra natal.
A adega começou a laborar em 1994 então já com cerca de quatro dezenas de acionistas e dois anos depois Amadeu Abílio Lopes (sem herdeiros) ofereceu as suas acções à Câmara Municipal de Melgaço, que se tornou dona da maior parte do projecto.
Em 2013, a empresa contava já com mais de 500 accionistas, dos quais 430 eram produtores e lá vinificam as suas uvas, na esmagadora percentagem alvarinho (mais de 90%), mas também trajadura, vinhão e alvarelhão, estas em quantidades residuais. A área total de vinha supera os 100 hectares.
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