A Direção Nacional da PSP admite a realização de obras de requalificação em mais de 200 instalações policiais, processo que deverá ser comparticipado por fundos comunitários.
O anúncio foi feito hoje, em Viana do Castelo, pelo superintendente Paulo Lucas, da Direção Nacional da PSP, precisamente num dos comandos abrangidos por este tipo de intervenção.
“Há, neste momento, um processo, ao nível do Ministério da Administração Interna, de requalificação de mais de 200 instalações policiais”, explicou.
Trata-se de obras cuja necessidade está identificada pela Direção Nacional da PSP e pela Direção Geral de Infraestruturas e Equipamentos, que, fruto de candidaturas a apresentar pelos municípios, deverão garantir uma comparticipação, por fundos comunitários, de 85 por cento.
Os restantes 15 por cento serão assegurados com recursos financeiros do Ministério da Administração Interna, sendo as Câmaras Municipais apenas as promotoras dos projetos.
“Em alguns casos, as obras poderão arrancar ainda este ano”, admitiu o superintendente Paulo Lucas, dando como exemplo o caso do Comando de Viana do Castelo, em que existe a expectativa de lançar o concurso para os trabalhos nos próximos meses e a obra em 2013.
A garantia da Direção Nacional da PSP surgiu durante as comemorações do 136.º aniversário do Comando Distrital de Viana do Castelo daquela força, hoje realizadas.
“É fácil de ver que a fachada exterior do Comando parece que foi alvo de um atentado, com coisas a cair um pouco por todo o lado”, admitiu o comandante distrital da PSP de Viana do Castelo, intendente José Vieira Cruz.
Além da fachada exterior e caixilharia, a obra naquele edifício, na cidade de Viana do Castelo, prevê novas instalações sanitárias, pavimentos e remodelação da Esquadra de Trânsito.
“Com estes arranjos que estão prometidos ficaremos com boas condições”, admitiu o comandante da PSP de Viana do Castelo, cuja comissão de serviço de três anos termina em setembro.
No primeiro semestre de 2012, a PSP de Viana do Castelo registou um aumento de 28 por cento na criminalidade violenta e grave, explicada por José Vieira Cruz com a atuação de dois grupos de jovens delinquentes na cidade.
“Esperavam outros miúdos à saída da escola ou do centro comercial, exigindo dinheiro sob coação física, em alguns casos sob ameaça de arma branca”, admitiu o comandante, garantindo que estes casos verificaram-se, sobretudo, entre os meses de março e abril.
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