A Direção-Geral do Património Cultural propôs a classificação do Parque Termal de Peso, em Melgaço, como Monumento de Interesse Público, equipamento que após vários anos de abandono deverá voltar a funcionar em 2013.
“Foi uma proposta apresentada pela câmara há cerca de sete anos, precisamente pelo estado de degradação em que o parque estava e tendo em conta a necessidade de preservar um espaço tão importante”, explicou à agência Lusa o autarca de Melgaço, Rui Solheiro.
A proposta de classificação, publicada em Diário da República, prevê também a fixação de uma Zona Especial de Proteção, em redor do parque termal, na freguesia de Paderne, estando o processo em consulta pública.
Além da “importância da atividade termal”, com mais de 200 anos de história no concelho, o Instituto de Gestão do Património Arquitetónico e Arqueológico (IGESPAR) sublinha tratar-se de “um valor histórico e arquitetónico, que importa preservar e salvaguardar” e “um testemunho da arquitetura termal do país”.
A classificação envolve o edifício da fonte principal, datado de 1909 e que apresenta “influências da arquitetura do ferro, com elementos decorativos de influência de Arte Nova” ou o Balneário Termal, que data de 1919.
“Com esta classificação será possível garantir a preservação futura não só dos edifícios mas também de toda a envolvente, após vários anos de abandono”, explicou Solheiro.
O secular balneário principal do Parque Termal de Melgaço, fechado desde 2000, é propriedade do grupo Unicer, que também explora a captação daquela água mineral, mas a gestão de todo o espaço já foi entregue ao município, para potenciar a sua utilização turística.
Fruto de um investimento de 5,5 milhões de euros, comparticipado por fundos comunitários, o “novo” parque termal deverá estar concluído até final de 2012 e a abertura do equipamento ao público terá lugar em abril, segundo perspetiva o autarca de Melgaço.
“A obra já está na fase final e temos todas as garantias de que o equipamento estará de novo a funcionar antes do próximo verão”, disse ainda Rui Solheiro.
Os trabalhos estão a cargo da empresa de capitais mistos, constituída entre município e um grupo privado, que assumiu a gestão do Parque Termal de Melgaço durante 25 anos, após acordo com o grupo Unicer, celebrado em 2009.
O protocolo rubricado entre Unicer e Câmara de Melgaço prevê a concessão gratuita, à autarquia, da exploração do complexo termal, com uma área aproximada de 59.600 metros quadrados e constituído por balneário, balneário provisório, pavilhão, fonte principal, fonte nova e zona do parque termal.
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