O grupo papeleiro espanhol Europac projetou hoje vendas globais na ordem dos 950 milhões de euros para 2013, semelhantes às dos últimos anos e em que 45% serão garantidas pelas unidades portuguesas.
“Este ano não vamos ter um grande crescimento, deveremos manter os níveis de vendas do ano passado”, admitiu Fernando Pinto, diretor-geral da divisão de papel do grupo Europac.
Oficialmente, os números finais de 2012 só serão divulgados a 28 de fevereiro, mas em 2011 o grupo fechou as contas com vendas de 948 milhões de euros, das quais 45% com origem em Portugal.
“Números que estão em linha com as nossas previsões para este ano. Talvez um ligeiro crescimento”, disse ainda o responsável do grupo.Uma previsão que leva em conta as dificuldades económicas sentidas sobretudo nos países do sul da Europa, o principal mercado da Europac, que conta com 30 unidades distribuídas por Portugal, Espanha e França.
“Não somos imunes ao que se passa na Europa, mas com determinação, uma boa liderança, espírito de equipa e vontade para todos os dias fazer melhor conseguiremos sair reforçados desta crise”, afirmou Fernando Pinto.
O responsável falava durante uma visita à fábrica da Europac em Viana do Castelo, a terceira maior da Europa na produção de papel kraft [tipo de papel usado, por exemplo, nos envelopes, sacos e cartonagens diversas] e considerada como uma das mais importantes do grupo espanhol.
Esta fábrica, incorporada na Europac desde 2005 e uma das onze unidades detidas pelo grupo em Portugal, emprega 318 trabalhadores e 90% da produção, de 350 mil toneladas de papel e cartão canelado por ano, segue para exportação.
É também a maior unidade de reciclagem do país e conta com uma potência instalada, para produção de eletricidade e cogeração, de 95 MW.A Europac Kraft Viana representa 21% das vendas do grupo e no plano estratégico desenvolvido entre 2007 e 2011 recebeu investimentos de 150 milhões de euros, nomeadamente para aumentar a capacidade instalada da máquina de papel e na central de energia.”Agora vamos consolidar um pouco os investimentos feitos, mas há sempre investimentos recorrentes a realizar numa fábrica destas. De qualquer forma é a fábrica de Viana que está no ‘ranking’ das 20 maiores exportadoras nacionais”, rematou Fernando Pinto.
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