As quatro empresas públicas envolvidas na gestão da rede e serviços ferroviários de Portugal e Espanha estão a avaliar o futuro da Linha do Minho, disse hoje à Agência Lusa fonte da CP.
Segundo a fonte, o “estudo das soluções de futuro para a Linha do Minho”, no troço ente Nine, Viana do Castelo e Valença, “está entregue a um grupo de trabalho”, que integra, além da CP e da REFER, também as respetivas congéneres espanholas RENFE e ADIF.
Este grupo de trabalho, acrescentou a fonte, foi constituído sobre a “égide do Ministério da Economia e Emprego português e do Ministério do Fomento espanhol” e resulta dos compromissos da última cimeira ibérica, realizada em maio no Porto.
Em causa está a necessidade de uma intervenção da modernização, eletrificação e sinalização da Linha do Minho, além da aquisição de novo material circulante, num investimento estimado pelo Eixo Atlântico em 180 milhões de euros e apontado como “prioritário” para tornar competitiva a ligação entre Porto e Vigo.
Além de reduzir os tempos de viagem nos serviços de passageiros entre as duas maiores cidades da euro-região, o Eixo Atlântico tem vindo a sublinhar a “importância” da ligação de mercadorias entre os portos do Norte de Portugal e da Galiza.
Tendo em conta estes objetivos, as cidades de Viana do Castelo e Baiona, Espanha, deverão receber reuniões da euro-região para preparar um documento com vista a afetar fundos comunitários para a modernização daquela ligação ferroviária.
O anúncio foi feito esta semana pelo presidente do Eixo Atlântico, após uma reunião, em Vigo, Espanha, com o presidente do Governo Regional da Galiza, Alberto Núñez Feijóo, que coordena a comunidade de trabalho daquela euro-região Galiza e Norte de Portugal.
Segundo José Maria Costa, deste encontro ficou a intenção do líder galego de realizar reuniões de trabalho em Viana do Castelo, em setembro, e em Baiona, no mês de seguinte.
“Serão reuniões para discutir e aprovar um documento base para garantir fundos comunitários do quadro 2014-2020 para a modernização da Linha do Minho e da ligação ferroviária entre Porto e Vigo. Para que até final deste ano esteja garantida, junto de Bruxelas, a prioridade para este investimento”, explicou o autarca português.
Estas reuniões serão propostas por Alberto Núñez Feijóo e envolverão, além do Eixo Atlântico e do Governo da Galiza, também a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) e as associações empresariais das duas regiões transfronteiriças.
“Temos todo o apoio do presidente do Governo da Galiza à modernização da Linha do Minho. No final, o documento-base será enviado aos Governos de Portugal e de Espanha”, acrescentou José Maria Costa.
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