O presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) disse hoje que vai levar “a quem de direito” as preocupações do Alto Minho sobre o efeito de novas portagens na competitividade na região.
“O nosso papel é ouvir e registar o que as regiões e as empresas consideram que é crítico para a atração de investimento. Tomei boa nota do que me foi aqui dito e transmitirei a quem de direito”, afirmou Pedro Reis.
O responsável falava aos jornalistas durante uma visita oficial ao distrito de Viana do Castelo, depois de ser confrontado com a preocupação dos autarcas face à possibilidade de introdução de cinco novos pórticos de cobrança de portagens no Alto Minho, num total de 15 admitidos pelo Governo para todo o país.
Esta possibilidade já foi classificada pelos autarcas locais como “catastrófica” para a economia da região.
“Como presidente da AICEP não vou comentar, é matéria do Governo”, disse Pedro Reis.
Recordou, contudo, que o papel daquela entidade passa por “levantar informação” sobre as “preocupações das empresas e municípios”, nomeadamente no que diz respeito aos “fatores críticos de competitividade”.
Nesta visita ao distrito de Viana do Castelo, o responsável reuniu com os dez autarcas locais para definir estratégias de promoção da região no exterior e de captação de investimento externo para o Alto Minho.
Reconheceu “muitas oportunidades” para exportação e captação de investimento a partir deste território, nomeadamente em áreas como indústrias ligadas ao mar, setor automóvel, turismo e vitivinicultura.
Pedro Reis elogiou a “articulação muito inteligente” desenvolvida localmente, nomeadamente através da constituição de uma “oferta integrada” da região, como apoios ao investimento, infraestruturas e qualificação dos recursos humanos.
“Ao afirmar-se como um todo, a região tem muito mais força nos mercados externos”, sublinhou.
Do encontro ficou ainda a garantia de um “maior encarteiramento” da região na AICEP, promovendo e capacitando externamente as empresas locais.
Além disso, haverá uma “maior incorporação” dos representantes destas empresas nas missões de promoção de Portugal no exterior, o mesmo acontecendo no sentido inverso.
“Trazendo potenciais investidores, importadores, distribuidores e parceiros dessas empresas nos mercados externos a conhecer as suas realidades”, garantiu Pedro Reis.
Tendo como exemplo o contacto com os dez autarcas do Alto Minho, o presidente da AICEP anunciou estar a ser estudada a realização de um seminário nacional, envolvendo todos os municípios do país, de forma a “trabalhar em conjunto” formas de captação de investimento.
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