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Valença

População

26 Dezembro, 2011 - 07:43

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O presidente da Junta de Cristêlo Covo, Valença, advertiu que a população está "prestes a revoltar-se" depois de um novo acidente registado sexta-feira na passagem de nível da freguesia que há anos aguarda pela transformação num acesso desnivelado.

O presidente da Junta de Cristêlo Covo, Valença, advertiu que a população está "prestes a revoltar-se" depois de um novo acidente registado sexta-feira na passagem de nível da freguesia que há anos aguarda pela transformação num acesso desnivelado.

"Hoje [sexta-feira] felizmente não tivemos mortos, mas até agora já foram mais de vinte. Não sei do que é que a Refer está à espera para avançar com a obra, já que até fomos nós a comprar os terrenos para o viaduto", apontou à Lusa Augusto Natal, autarca de Cristêlo Covo.

Às 15.15de sexta-feira, uma viatura ligeira não terá obedecido à sinalização vertical na passagem de Segadães e avançou, acabando por ser colhida por um comboio que seguia para Valença, com mais de 200 metros de vagões vazios.

"O carro ficou desfeito, mas o homem conseguiu sair ileso porque estava do lado contrário. Naturalmente que também há responsabilidades das pessoas, mas muita mortes já podiam e deviam ter sido evitadas", acrescentou o autarca.

A revolta, garante, é a palavra dominante naquela freguesia, face a um processo que se arrasta desde 1994, recordando que "há cerca de oito anos" a população chegou mesmo a levantar a linha.

"Pelo que ouço, isto vai acabar mal. As pessoas estão fartas e a qualquer momento podem-se fazer à linha e tomar uma posição. É um autêntico trauma que temos aqui na freguesia", afirmou Augusto Natal.

O acidente repetiu-se numa travessia sem guarda com 7,5 metros de comprimento e que tem o destino traçado, depois de a Junta ter comprado os terrenos adjacentes por 45 mil euros.

"A Refer já desenvolveu o projeto para a travessia desnivelada, mas tudo ficou parado porque os políticos de Lisboa não querem saber de nós. Custa 700 mil euros, uma gota no oceano, mas poderia ainda salvar muitas vidas, mas parece que não pertencemos a Portugal", atirou Augusto Natal, que além de autarca mora em frente à fatídica travessia.

O caso mais grave ali ocorrido foi há 19 anos quando, no mesmo acidente, morreram três pessoas, entre as quais uma criança.

O último caso mortal aconteceu em dezembro de 2009.
FONTE: "Lusa"

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