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Valença

Pedro Abrunhosa: “Fiquei muito preocupado quando soube da derrocada da muralha de Valença”

23 Julho, 2023 - 02:39

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Cantor vai atuar em Valença no próximo dia 28 de julho.

Pedro Abrunhosa. Um nome que dispensa apresentações para qualquer português. Com quase três décadas de carreira, é um dos cantores portugueses mais galardoados da atualidade.

 

No palmarés, para além dos mais invejáveis galardões, ostenta o curioso prémio Telemóvel de Ouro, pelo recorde de downloads das suas músicas.

 

Sempre com o seu sorriso e voz serena, esteve à conversa com a Rádio Vale do Minho. É um dos nomes mais sonantes da próxima edição do Festival Contrasta, em Valença, nos próximos dias 28 e 29 de julho.

 

 

Última vez foi em… 1994!

Pedro Abrunhosa fez as contas e revelou-nos que já não atua em Valença há quase 30 anos.

 

“Conheço bem Valença e todo o Alto Minho. Mas creio que só atuei uma vez nessa cidade… e foi em 1994”, recordou.

 

Estávamos, por isso, mesmo no começo da carreira brilhante de Pedro Abrunhosa. Nesse ano foi catapultado para o TOP com o memorável álbum Viagens.

 

Ainda com os Bandemónio, colocou todo um País a cantar Não Posso Mais… ou então a confessar “Socorro! Estou a apaixonar-me É impossível resistir a tanto charme”.

 

 

 

[Fotografia: DR]

 

 

São quase 30 anos que passaram a voar. Hoje, Pedro Abrunhosa já é um sessentão. Para Valença, o artista promete o mesmo estilo de sempre.

 

“Será um espetáculo muito à semelhança do que tem sido a minha música ao vivo. Muito energéticos e muito participados por parte do público”, adianta.

 

“Faço questão de sublinhar que aquilo que os meus espetáculos têm de maravilhoso, de misterioso, de extraordinário e de sempre diferente passa-se no público”

 

“Há muita gente sem meios económicos para comprar pulseirinhas“… e em Valença “os preços são muito convidativos”

Muita coisa mudou em Portugal desde os anos 90. Sobretudo no que toca a música e festivais.

 

“Estamos permanentemente em mudança e é bom que isso seja aceite como a lógica da vida. Hoje há muitos mais festivais. Há uma grande massa de público que percorre muitos festivais”, observa Pedro Abrunhosa.

 

“No entanto, há muita gente que não tem meios económicos para ir a festivais e para comprar uma daquelas pulseirinhas para aparecer nas selfies, atira.

 

“Esses vão ver-nos às festas das suas freguesias ou então em festivais como este, em Valença, onde os preços são muito convidativos para qualquer cidadão ouvir bandas de boa qualidade”.

 

 

“Fiquei muito preocupado quando ocorreu a derrocada da muralha”

Embora não atue em Valença há quase 30 anos, Pedro Abrunhosa revelou que já esteve ou já passou por este concelho várias vezes.

 

“Conheço bem as ruas medievais. Valença era o sítio onde todos nós penávamos durante o Estado Novo quando trazíamos caramelos de Espanha”, recordou com uma gargalhada. “Lembro-me das casas de câmbio à margem da estrada onde trocávamos escudos por pesetas”.

 

Mas entre as memórias boas, há uma mais recente… e mais triste.

 

“Conheço a Fortaleza e fiquei muito preocupado quando ocorreu a derrocada na muralha [no passado mês de janeiro]. É lindíssima!”, exclamou o cantor, destacando que Valença teve “um papel valoroso” em vários momentos da História de Portugal.

 

 

 

[Fotografia: DR]

 

 

 

“São os artistas que escrevem a história do País”

Pedro Abrunhosa apelou ainda a um maior respeito pela atividade dos artistas.

 

“Os artistas têm um papel muito importante na sociedade. Sempre tiveram. Somos nós que escrevemos a história do País”, lembrou.

 

“Não é a toda que celebramos o Dia de Portugal a lembrar um poeta: Luís Vaz de Camões. De nós ficará alguma memória do que foi a realidade sociológica do País”.

 

Pedro Abrunhosa vai atuar em Valença no próximo dia 28 de julho, naquele que será o primeiro dia da segunda edição do Festival Contrasta. O cantor vai subir ao palco às 23h05.

 

Os bilhetes para o Festival Contrasta ainda estão disponíveis em bol.pt, Fnac, CTT, El Corte Inglés, Posto de Turismo e Biblioteca Municipal de Valença.

 

O valor do passe geral para os dois dias do festival é de 20 euros e o bilhete diário custa 15 euros.

 

 

[Fotografias capa: DR]

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