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Valença

Passagem de nível perigosa recebe barreiras automáticas para travar acidentes

21 Dezembro, 2012 - 16:12

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A passagem de nível de Cristêlo Covo, em Valença, palco de vários acidentes mortais nos últimos anos, vai receber barreiras automáticas até final do primeiro semestre de 2013, anunciou hoje o autarca local.

A passagem de nível de Cristêlo Covo, em Valença, palco de vários acidentes mortais nos últimos anos, vai receber barreiras automáticas até final do primeiro semestre de 2013, anunciou hoje o autarca local.

Trata-se de uma obra a realizar pela Refer, empresa pública que gere a rede ferroviária nacional, por 150 mil euros, comparticipada pela Câmara de Valença.

O sistema permite acionar automaticamente as barreiras quando detetada a aproximação de uma composição. Com esta solução, acordada nos últimos dias entre as duas entidades, cai por terra um projeto local que desde 1994 previa a transformação da travessia num acesso desnivelado.

“Não é a solução ideal, mas a possível face à situação que o país atravessa. Com esta obra, que segundo a Refer deverá estar concluída algures até maio, só um incauto poderá sofrer um acidente, porque vai ter de derrubar as barreiras”, afirmou hoje à agência Lusa o autarca de Valença, Jorge Mendes.

Estes acidentes repetem-se numa travessia sem guarda com 7,5 metros de comprimento. A 24 de dezembro de 2011 registou-se o último caso grave, com uma viatura ligeira que não terá obedecido à sinalização vertical instalada na passagem de Segadães.

Acabou por ser colhida por um comboio que seguia para Valença, com mais de 200 metros de vagões vazios.

“O carro ficou desfeito, mas o homem conseguiu sair ileso porque estava do lado contrário. Naturalmente que também há responsabilidades das pessoas, mas muitas mortes já podiam e deviam ter sido evitadas”, afirmou na altura à agência Lusa o presidente da Junta de Freguesia de Cristêlo Covo.

O autarca Augusto Natal garantiu que nos últimos anos já se registaram “mais de vinte mortes” naquele local, casos que levaram aquela Junta de Freguesia a comprar os terrenos necessários à travessia desnivelada.

A revolta local com esta situação levou a população de Cristêlo Covo, há cerca de dez anos, a cortar a linha em protesto.

O caso mais grave ali ocorrido foi há 19 anos quando, no mesmo acidente, morreram três pessoas, entre as quais uma criança.

O último caso mortal aconteceu em dezembro de 2009.

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