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Entre junho de 2019 e junho deste ano, o Banco Santander Totta encerrou 25 balcões e passou a contar com menos 167 trabalhadores. Os dados foram divulgados pelo próprio banco e noticiados pelo jornal Observador.
De acordo com o comunicado (lucro de 172,9 milhões de euros até junho, menos 37% face a período homólogo), o Santander Totta contava, no final de junho, com 6.163 trabalhadores, menos 167 do que no mesmo mês de 2019. Quanto a agências, eram 491 em junho, menos 25 do que em 2019.
O encerramento continua e chegou a vez de Melgaço. A decisão não caiu bem nos corredores do Município e o presidente da Câmara, Manoel Batista, dirigiu palavras duras à Administração do banco.
“Ao abandonar o concelho, o Banco Santander Totta deixará de figurar entre as marcas com maior implantação territorial em Portugal. Com toda a certeza, os melgacenses saberão deixar também de confiar na vossa instituição”, atirou Manoel Batista.
Referiu ainda o Observador que “no contexto da crise desencadeada pela COVID-19 e face à vontade manifestada de reduzirem custos” é provável que não só o Santander Totta como outros bancos “venham a promover mais saídas de trabalhadores nos próximos meses e em 2021”.
No passado mês de setembro, recorde-se, a Rádio Vale do Minho obteve a informação de que vários clientes receberam notificação verbal sobre o encerramento do balcão de Vila Nova de Cerveira. No entanto, o mesmo balcão garantiu à Rádio Vale do Minho que “não está previsto qualquer encerramento” daquela dependência.
“Esse possível encerramento chegou a ser falado mas nesta altura está completamente posto de parte. Esta dependência não vai fechar portas”, referiu ainda o balcão do Santander Totta de Vila Nova de Cerveira.
Millennium encerrou e Câmara cortou relações
No passado mês de junho, a Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira anunciou que cortou todas as relações comerciais que mantinha com o Millennium-BCP, “nomeadamente avançar com o corte imediato das contas à ordem”. Na base desta decisão, esteve o encerramento da dependência do referido banco instalada naquela vila.
O presidente da Câmara Municipal, Fernando Nogueira, manifestou “total desagrado e surpresa para com esta decisão, cujos critérios saem da esfera do entendimento público, assentando aparentemente em pressupostos administrativos, não considerando a importância estratégica deste serviço de proximidade para munícipes particulares e para empresários”.
Recorrendo aos números, o autarca lembrou que o concelho, “só em volume de exportações, ronda os 700 milhões de euros (dados referentes a 2017) e onde à data pré-COVID-19 empregava mais de 4.300 trabalhadores, além de que é de conhecimento público que a instituição Millennium BCP tem uma forte presença de emigrantes que depositam grande confiança nesta relação de proximidade”.
Lamentando esta “decisão unilateral”, do Millennium BCP, a autarquia assegurou que iria manter “o princípio de trabalhar preferencialmente com instituições de crédito instaladas no concelho”.
[Fotografia: DR]
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