Cerca de 100 mil pessoas em Portugal têm problemas de jogo com as “raspadinhas”, concluiu um estudo encomendado pelo Conselho Económico e Social (CES), sobre o perfil dos utilizadores de “raspadinhas” e níveis de doenças associadas a este tipo de jogo.
O jornal Público e o jornal Observador tiveram acesso aos resultados desse estudo, que serão apresentados esta terça-feira, e que estimam ainda que 30 mil pessoas que jogam “raspadinhas” com regularidade “quase de certeza têm doença instalada, ou seja, perturbação de jogo patológico”.
O estudo procurou responder à pergunta: quem paga a raspadinha? As respostas dos 2.554 inquiridos permitem concluir que as pessoas mais velhas, com 66 anos ou mais, apresentam o dobro da probabilidade de serem jogadores frequentes de “raspadinha”, comparando com a faixa etária entre os 18 e os 36.
Uma pessoa com rendimentos entre os 400 e os 664 euros tem três vezes mais probabilidades de ser jogador frequente de “raspadinha” do que quem aufere mais de 1500 euros.
Portugal é o país da Europa com maior gasto per capita em raspadinhas, o que representa mais do dobro da média europeia.
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