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País/P. Coura: Internet ainda partilha discurso do homem que não esquece as raízes

12 Fevereiro, 2020 - 17:44

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PUB O pavilhão do Congresso do PSD, em Viana do Castelo, estava quase vazio. A noite era de jogo grande entre Porto e Benfica. Mesmo assim, José Eduardo Martins subiu […]

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O pavilhão do Congresso do PSD, em Viana do Castelo, estava quase vazio. A noite era de jogo grande entre Porto e Benfica. Mesmo assim, José Eduardo Martins subiu ao palco para discursar. E em menos de oito minutos concebeu aquele que é já considerado por muitos o melhor discurso do 38º oitavo congresso do partido realizado entre a passada sexta-feira e domingo.

“Muito obrigado aos resistentes. Eu não pedi para mudar a hora da minha intervenção, até porque não preciso muito da condescendência da mesa. Vou procurar ser relativamente breve”, iniciou o antigo deputado na Assembleia da República.

“Foi aqui [em Viana] que fiz a maior parte da minha serventia pública ao PSD. Foi aqui em Viana que fui pela primeira vez candidato à Assembleia Municipal de Paredes de Coura. Foi em Viana que fui candidato à Assembleia da República com três diferentes presidentes do partido. Foi em Viana que fui presidente da Distrital do partido e foi em Viana que sempre se manifestou a minha disponibilidade”, recordou.

 

José Eduardo Martins: “Foi aqui [em Viana] que fiz a maior parte da minha serventia pública ao PSD”.

 

Apontou desde logo baterias à esquerda dizendo que existe atualmente “um Partido Socialista que não governa para fazer mas sim um Partido Socialista que governa para estar à frente dos destinos do país”. 

No entanto, virando-se de imediato para o próprio partido, José Eduardo Martins lamentou a falta de “uma reflexão interna sobre aquilo que precisamos de fazer para não termos cada vez menos votos nas cidades onde estão as pessoas ou cada vez menos votos nos jovens que são aqueles que vão decidir o futuro nas próximas eleições. Essas são as perguntas que devemos fazer a nós próprios!”, exclamou.

Analisando as derrotas do PSD nos últimos sufrágios, José Eduardo Martins apontou várias razões. “Deixamos que a troika se nos colasse à pele e isso leva tempo a passar”. Mas, para o social-democrata, as pessoas estão também mais afastadas da política.

No entanto, há também uma razão estrutural “que tem sido a nossa incapacidade de compreender como os tempos têm mudado”, atirou de forma taxativa. 

Recuou no tempo mais de três décadas. “Um tempo que era mais fácil para o PSD. Do outro lado ainda não tinha caído o bloco comunista. Sabíamos sempre que do nosso lado estava o respaldo da moral… da razão”, prosseguiu.

“Hoje, o mal que está na televisão não é o do líder da ditadura chinesa. Não são os maduros patetas da Venezuela! Isso é um folclorezinho“, advertiu. “Não há verdadeiramente um contraponto para que os mais novos percebam que o fim último do socialismo que é ficar com o que é de todos para distribuir por uma vanguarda esclarecida!”.

 

José Eduardo Martins: “Estamos entalados entre uma direita reacionária que não nos diz nada e uma esquerda cada vez mais revolucionária e folclórica.”

 

Subiu o tom de voz. “O problema é que os mais novos – aqueles que precisamos que votem em nós – não têm este contraponto na vida deles! O que é mau na vida deles é o fim último que o capitalismo falhou. Estamos entalados entre uma direita reacionária que não nos diz nada e uma esquerda cada vez mais revolucionária e folclórica. Isto é o pior que pode acontecer à democracia!”, considerou. Ouviram-se aplausos. “Reacionários e revolucionários não gostam da sociedade em que vivemos… e eu gosto!”.

“Eu sou exemplo da geração que mais beneficiou com o 25 de abril e com o trabalho do PSD!”. Os aplausos continuavam. “Sou filho de uma mulher que foi de Coura para Lisboa e de um homem que foi de Oleiros para Lisboa e a escola pública fez-me subir na vida”, sublinhou José Eduardo Martins. “Não tenho a certeza de que estejamos hoje a deixar aos nossos filhos o mesmo que o PSD me deu a mim! E é essa a nossa obrigação! É por isso que estamos na política!”. Os aplausos vieram de todos os lados.

 

Discurso de José Eduardo Martins campeão de visualizações

 

No canal PSDTv, alojado no Youtube, o discurso de José Eduardo Martins é o campeão de visualizações de todo este congresso do PSD em Viana do Castelo. Conta já com mais de 5.200. Entre os mais vistos estão também o de Alberto João Jardim, com mais de 3.600 visualizações e o de Hugo Soares com 1.500.

Todos muito à frente dos discursos de Rui Rio. O inicial conta com 629 visualizações e o de encerramento com 428.

O próprio discurso realizado por Liliana Silva, antiga deputada pelo PSD na Assembleia da República e vereadora na Câmara Municipal de Caminha, conta quase 1.000 visualizações.

Recorde-se que José Eduardo Martins foi também Secretário de Estado do Ambiente durante o Governo liderado por Durão Barroso e Secretário de Estado do Desenvolvimento Regional durante o Governo de Santana Lopes.

 

Veja ou reveja o discurso de José Eduardo Martins no 38º Congresso do PSD, em Viana do Castelo

 

[Fotografia: Screen PSD Tv]

 

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