O Município de Ponte da Barca vai promover, no dia 6 de maio, a apresentação pública de um estudo sobre o Pai Velho – Entrudo Tradicional de Lindoso, uma das expressões maiores da cultura popular, projeto este, integrado na candidatura EEC – PROVERE Minho Inovação Norte 2020.
A supervisão cientifica deste projeto/estudo ficou a cargo de Álvaro Campelo, académico na área da antropologia, com larga experiência no conhecimento e investigação das comunidades do Alto Minho e com um vasto número de publicações.
“Este documento incluiu as principais características desta manifestação cultural única, dá a conhecer os seus intervenientes e membros de comunidade, e destaca o território altamente ritualizado”, refere a autarquia.
O objetivo, explica, é que “venha a ser inscrito na Lista Nacional do Património Cultural Imaterial, após a apreciação da Direção Geral do Património Cultural”.
É intenção da autarquia de Ponte da Barca manter vivas as tradições que constituem a identidade do concelho e as múltiplas facetas de um território onde as tradições e vivências se mantêm vivas e renovadas, promovendo e preservando o património material e imaterial de Ponte da Barca que é rico e vasto, como é disso exemplo, também, a Romaria de S. Bartolomeu, eleita uma das 7 Maravilhas da Cultura Popular.
Recorde-se que, nas palavras do Município, o Pai velho é um dos “mais raros e autênticos entrudos” do país que acontece, habitualmente, no “Domingo Gordo” e na Terça-feira de Carnaval. No magnifico cenário das terras altas, em frente dos espigueiros e da eira comunitária, e tendo como pano de fundo o Castelo Medieval, tem lugar o engalanado cortejo que transporta o Pai Velho pelos lugares da aldeia para que o povo se junte à festa e celebre os dias de Carnaval.
Um dos momentos altos acontece na noite de Terça-feira, com o velório, a queima do Pai Velho e a leitura do seu testamento.
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