“Os desafios e as novas perspectivas face à Doença de Alzheimer” são o tema central de um seminário que reúne, ao longo desta sexta-feira, em Melgaço, profissionais de saúde e de apoio social, mas também cuidadores ou familiares.
Numa organização do município e da Santa Casa da Misericórdia, este encontro visa dissipar dúvidas existentes relacionadas com a fronteira entre uma demência mental e o Alzheimer.
A incidência da doença está a duplicar no espaço europeu, em cada quatro anos, entre a população com mais de 65 anos. Margarida Cunha, directora técnica da Santa Casa da Misericórdia de Melgaço, explica que tem sido confrontada com preocupações de filhos que temem que os seus pais possam estar a sofrer dessa patologia.
Daí ter surgido a ideia de reunir vários especialistas para reflectir sobre a temática. “Uma gotinha de água no oceano”, assegura Margarida Cunha, referindo que ainda há muito trabalho pela frente.
Perceber qual o diagnóstico, as consequências, o acesso ao tratamento e os custos subjacentes.
Margarida Cunha acredita que há muitos cuidadores que estão a caminhar para uma situação depressiva, devido à falta de informação de como lidar com o Alzheimer.
Destinado a profissionais de saúde e de apoio social, mas também a cuidadores ou familiares de doentes de alzheimer, este seminário vai contar com um conjunto de especialistas de diversas universidades, hospitais e associações, entre os quais Ana Taborda, da Delegação do Norte da Alzheimer Portugal, Jorge Pedrosa e Nuno Sousa, da Universidade do Minho, Carolina Garrett da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, Margarida Sotto Mayor do Hospital Magalhães Lemos, e Pinto da Costa das Universidades Portucalense e Lusíada.
O programa arranca às 09h45, e termina pelas 17h00, na Casa da Cultura de Melgaço.
De acordo com a Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz), a doença atinge mais de 35 milhões de pessoas pelo mundo, sendo no Brasil mais de 1 milhão. A Doença de Alzheimer é responsável por 50% a 70% dos casos de demência, definida como cerebral crónica e progressiva, interferindo na qualidade de vida, com alterações da memória, do julgamento e do raciocínio intelectual.
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