PUBLICIDADE
3
AVANÇAR

Menu

+

0

0

Caminha

Obra na praia de Moledo só avança depois da época balnear – ARHN

15 Maio, 2012 - 16:47

178

0

A Administração da Região Hidrográfica do Norte (ARHN) anunciou hoje que a recuperação da duna de Moledo, em Caminha, inicialmente prevista para o primeiro trimestre deste ano, só avançará “depois da época balnear”.

A Administração da Região Hidrográfica do Norte (ARHN) anunciou hoje que a recuperação da duna de Moledo, em Caminha, inicialmente prevista para o primeiro trimestre deste ano, só avançará “depois da época balnear”.

Face ao atraso no início da intervenção, a Câmara de Caminha chegou a admitir “preocupação” com a possibilidade de a recuperação da duna de Moledo avançar durante a época de praia, pelas consequências que isso representaria para aquela atividade.

“Segundo as nossas estimativas, ultrapassada a fase mais administrativa da candidatura, os trabalhos deverão iniciar no final da época balnear 2012, ou seja, não coincidirá com a época de maior frequência do areal, nem colocará em causa a prática balnear”, anunciou hoje à Agência Lusa fonte da ARHN.

A intervenção, que custará cerca de 500 mil euros, já tem o aval do Ministério do Ambiente, mas está dependente da abertura das candidaturas do Programa Operacional de Valorização do Território (POVT) para poder submeter o projeto de Moledo.

“Desta verba, 15 por cento será financiada através de fundos nacionais, que estão já assegurados, sendo que os restantes 85 por cento serão financiados através do POVT”, sublinhou a mesma fonte.

A zona de Moledo é um das mais procuradas do norte do país na época balnear e a “recuperação duradoura” da duna deverá prolongar-se durante mais de dois meses, envolvendo métodos inovadores para “mitigar o impacto paisagístico”, indicou a ARHN.

A redução do cordão dunar acontece praticamente em frente ao Forte da Ínsua, alguns metros a norte do local aonde em fevereiro de 2011 uma situação semelhante ameaçou um moinho convertido em habitação.

A água esteve perto de outras habitações, além de ter destruído um guarda-corpos do paredão em cerca de trinta metros.

A intervenção, cujo projeto é da autoria do especialista Veloso Gomes, prevê “três ações diferentes, mas complementares”, a começar pelo “tamponamento do topo da estrutura da defesa”, com a colocação de betão ciclópico na extremidade norte da estrutura aderente construída nos anos 40 do século 20.

Será realizada, ainda, a reconstituição da duna, “dotando-a de um núcleo artificial resistente”, uma ação descrita como “inovadora” e que consiste na “colocação de tubos de geotêxtil de grande dimensão”, entre os três e os sete metros, de cor amarela ou ocre, preenchidos com areia e capazes de reter o material sedimentar.

“Serão colocados perto da arriba ao longo de cerca de 330 metros e deverão ser cobertos de areia, de forma a mitigar os impactes paisagísticos”, acrescentou a ARHN.

Prevê também a deposição de areia entre a zona entre-marés e o cordão dunar, “reconstituindo um perfil próximo do anteriormente existente”.

Últimas