Apesar de o Instituto de Turismo de Portugal já ter aprovado uma verba de 165 mil euros para a recuperação do edifício do Antigo Pelicano – primeiro cinema do concelho de Melgaço -, a Câmara Municipal só avança com esta intervenção se obtiver financiamento comunitário, para que a obra fique a "custo zero" aos cofres da autarquia.
Rui Solheiro explica que, dada a grande oferta turística que o município oferece, o Turismo de Portugal, no âmbito do Orçamento de Estado para 2012, prevê um montante para o arranque desta obra. O objectivo, segundo o autarca local, é o de criar um novo espaço dedicado à sétima arte, uma espécie de "extensão" do Museu do Cinema já existente no antigo espaço da guarda florestal.
Recorde-se que o antigo Cinema Pelicano de Melgaço foi desactivado há mais de três décadas, e encontra-se num estado avançado de degradação.
O espaço foi comprado por 100 mil euros pelo director do Museu do cienma, Jean Loup Passek, que o doou à autarquia, responsável por liderar as obras de recuperação e adapatação num valor a ronda os dois milhões de euros.
Com 600 metros quadrados e três pisos, o "Pelicano" vai ser, sobretudo, um espaço de exposição do espólio de Passek, que não cabe no Museu do Cinema. O velho cinema deve acolher também, depois de restaurado, um pequeno auditório, uma biblioteca alusiva à sétima arte, um arquivo e uma oficina de recuperação de peças.
O Museu do Cinema de Melgço, que custou 350 mil euros, foi inaugurado em 2005 pela então ministra da cultura, Isabel Pires de Lima. De salientar que está localizado a apenas 50 metros do "Pelicano", daí o interesse de restaurar este espaço e dar-lhe uma nova vida de complementariedade ao museu já existente.
No entanto, e devido aos cortes nas transferências do Estado para as autarquias, a Câmara de Melgaço só avança com os trabalhos se tiver comparticipação de fundos comunitários.
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