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Alto Minho

Alto Minho: Magusto ‘de S. Martinho’ pode ter (afinal) origem no Dia de Todos os Santos – Saiba porquê

1 Novembro, 2021 - 01:58

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Duas tradições cuja génese pode estar no mesmo ponto da História.

A essência do Dia de Todos os Santos, contam vários manuais de História, remonta ao império romano. Há dois mil anos, já existia um dia dedicado a todos os deuses por forma a que nenhum fosse esquecido. 

 

Séculos depois, no ano 609, o catolicismo impunha-se cada vez mais. Foi então que o Papa Bonifácio IV tomou a decisão de dedicar o Panteão de Roma (que fora construído para homenagear os deuses romanos) à Virgem e a todos os mártires da Igreja. E isto aconteceu numa data curiosa: 13 de maio.

 

Entre os anos 731 e 741, essa data foi fixada pelo Papa Gregório III no dia 1 de novembro. O então Sumo Pontífice dedicou uma capela em Roma a Todos os Santos.

 

Sobre a escolha da data, especialistas acreditam que esta decisão terá tido muito a ver com a Grã-Bretanha, na altura também católica, que teimava em festejar o Samhaim no dia 31 de outubro.

 

A Igreja Católica não via com bons olhos estas festas pagãs, com origem celta, e que eram também populares na então chamada Galecia, território que mais tarde iria ser o Alto Minho e a Galiza.

 

 

E os magustos?

O Samhaim marcava a mudança para uma nova estação do ano: o Inverno. O povo acreditava que as almas dos mortos retornavam a suas casas para visitar os familiares, para buscar alimento e aquecerem-se no fogo da lareira.

 

À margem da conhecida lenda de S. Martinho, vários autores colocam aqui a origem dos tradicionais magustos.

 

No ano de 835, o Papa Gregório IV declarou o Dia de Todos os Santos como festa universal. Mas as fogueiras, essas, nunca viriam a ser esquecidas na região da Galecia.

 

 

Dia 2 de novembro

Este é um dia em que – por ser feriado – muitos aproveitam para rumar aos cemitérios e lembrar entes queridos. Porém, na realidade, a data dedicada aos que já partiram assinala-se no dia seguinte: 2 de novembro.

 

Já no século II os cristãos rezavam pelos falecidos quando visitavam os seus túmulos. No século V, a Igreja Católica passou mesmo a dedicar um dia do ano para rezar por todos os mortos já esquecidos. Só no século XIII é que essa data passaria a ser fixa, sendo celebrada a 2 de novembro – precisamente um dia após a Festa de Todos os Santos.

 

 

 

[Fotografia: Ilustrativa/DR]

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