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Caminha

Mosteiro de São João de Arga em vias de classificação como Monumento Nacional

26 Dezembro, 2012 - 15:12

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O secular mosteiro de São João de Arga, em Caminha, palco de uma das mais tradicionais romarias minhotas, deverá ser classificado como Monumento Nacional, segundo uma proposta apresentada ao Governo pela Direção-Geral do Património Cultural.

O secular mosteiro de São João de Arga, em Caminha, palco de uma das mais tradicionais romarias minhotas, deverá ser classificado como Monumento Nacional, segundo uma proposta apresentada ao Governo pela Direção-Geral do Património Cultural.

A decisão deste organismo de propor a classificação à Secretaria de Estado da Cultura foi publicada na segunda-feira em Diário da República e está em consulta pública durante 30 dias, o mesmo acontecendo com a zona de proteção a criar em torno do futuro Monumento Nacional, na freguesia de Arga de Baixo.

Isolado em plena serra de Arga, o mosteiro data do século XII e, segundo a classificação do Instituto de Gestão do Património Arquitetónico e Arqueológico (Igespar), é “um dos mais importantes testemunhos medievais da região, não obstante a sua pequenez e simplicidade”.

A capela que integra o mosteiro terá sido construída no século XIII, pertencendo ao “românico tardio”, e é “simples e decorativamente despojada”.

O Igespar acrescenta que em redor daquele templo, para albergar os numerosos romeiros que ali se deslocavam, foi construído, há cerca de 200 anos, um albergue de dois andares e planta em ‘L’, respondendo “eventualmente a um crescente desenvolvimento da romaria e da festa em honra a São João”.

Ainda hoje a romaria a São João de Arga, realizada anualmente no final do mês de agosto, é uma das mais tradicionais do calendário festivo minhoto, recebendo milhares de forasteiros. Em contraponto, a aldeia de Arga de Baixo tem apenas cerca de três dezenas de casas e pouco mais de meia centena de habitantes.

A 800 metros de altitude, os romeiros ‘pedem’ todos os anos a São João cura para quistos, verrugas, doenças de pele e infertilidade ou mesmo uma ‘ajudinha’ para arranjarem casamento.

Outros procuram a festa pelo característico som de mais de uma centena de tocadores de concertina e cantadores ao desafio que se fazem ouvir em animadas rusgas até altas horas da madrugada.

Alguns romeiros mantêm ainda viva a tradição de ir a pé até ao mosteiro, num percurso que envolve mais de duas dezenas de quilómetros desde o núcleo urbano mais próximo.

Foto: Página oficial Câmara Municipal de Caminha

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