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Monção/Melgaço

Monção/Melgaço: Ideia de criar uma Associação Comercial para cada concelho começa a ferver

23 Dezembro, 2015 - 09:16

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Nos dois Municípios há quem ‘gize’ a mesma operação. Os motivos é que são diferentes.

Está a ganhar mais força, em Monção e em Melgaço, a ideia de criar uma única Associação Comercial para cada concelho. Atualmente, ambos são servidos pela Associação Comercial e Industrial dos Concelhos de Monção e Melgaço (ACICMM). Surge agora quem aponte outros caminhos para o comércio tradicional.
Em Monção, o vereador da Cultura não poupa elogios ao trabalho feito pela ACICMM, sobretudo no que diz respeito à animação natalícia na vila. No entanto, aos microfones da Vale do Minho, Paulo Esteves considerou que “Monção tem dinâmica suficiente para ter uma associação comercial. Tem um comércio tradicional que se vai mantendo, apesar das grandes superfícies que já se instalaram em Monção. Mas isso era um cenário inevitável”. O autarca sublinha que “compete ao comércio tradicional inovar, ser apoiado e essa política tem de partir forçosamente de uma associação comercial com vitalidade e com dinâmica, como é o caso da ACICMM”. Baseado neste cenário de progresso e descartando quaisquer rivalidades com Melgaço, Paulo Esteves garante que não ficará surpreendido se a ideia for avante. “Não me repugna nada que Monção, a médio ou a longo prazo, venha a ter uma associação comercial autónoma para apoiar os comerciantes e a indústria”. O vereador lembrou ainda que “experimentar não custa. É sempre importante que haja diálogo entre o Município e a respetiva associação comercial. Há sempre coisas a limar mas, acima de tudo, o que importa é que Monção vença. O que me interessa nesta política é que Monção esteja primeiro do que qualquer capricho”, concluiu.

“Há uma inércia da ACICMM em Melgaço”

Em Melgaço, a rádio Vale do Minho encontrou a voz de Catarina Barbosa, presidente da Associação dos Viticultores do Vale do Minho (Avitiminho). Defende a mesma ideia. Porém, o sentimento em relação à ACICMM é que está longe de ser positivo. “Há uma inércia da ACICMM neste concelho. Não se tem visto nada! O comércio local precisa de animação, de motivação e de investimento! Até à data, nada se tem visto por parte da associação em que estamos integrados”, disse Catarina Barbosa à Vale do Minho.
Recorde-se que o presidente da Câmara de Melgaço, sobre a animação de Natal para este ano, disse ao Minho Digital que a associação comercial que representa os dois concelhos não assumiu as suas funções. “O papel que cabia à associação comercial não foi bem desempenhado. Os comerciantes de Melgaço fizeram um bom trabalho, foram empreendedores, as instituições, Câmara e Juntas de Freguesia foram colaboradoras, mas claramente a associação comercial não assumiu o seu papel. Cabe agora aos comerciantes fazerem a avaliação e pensarem no futuro”, considerou Manuel Batista ao mesmo periódico. O autarca melgacense apontou mesmo que “o futuro poderá passar por uma renovação dos órgãos sociais da ACICMM ou a cisão com esta e a criação de outro organismo de âmbito local”.
A posição da presidente da Avitiminho surge em sintonia com a do presidente da Câmara. Catarina Barbosa garante até que existe já uma considerável massa humana a defender este caminho. “Não sou eu sozinha que penso isso. São também cerca de 30 a 40 comerciantes”. À semelhança do vereador de Monção, Catarina Barbosa coloca de parte quaisquer atritos entre os dois concelhos. Sublinha sobretudo que “neste momento, os comerciantes de Melgaço não têm quem lhes possa valer! Nunca se viu nada que a ACICMM tenha feito para incentivar o comércio”. Também pertencente à Confraria do Alvarinho, Catarina Barbosa só vê vantagens num virar de página. “Nós sentimos necessidade de trazer gente para Melgaço. Gente que venha comprar e dinamizar o comércio tradicional! Queremos animação de rua! Temos muitos projetos e a ACICMM não se sente aqui. Achamos até que neste momento nem temos associação. Não pertencemos a associação nenhuma”, finalizou.

Américo Reis garante que ACICMM “continuará a fazer o bom trabalho”

A rádio Vale do Minho já entrou em contacto com o presidente da ACICMM. Confrontado com este cenário, Américo Reis mostrou-se surpreendido. O responsável escusou-se a gravar declarações. Considera no entanto que “a associação tem feito um excelente trabalho”. Já sobre a ausência de animação de Natal em Melgaço, Américo Reis justificou com a “não transferência de verbas por parte da autarquia”. Questionado sobre a possibilidade de vir a ser criada uma Associação Comercial em cada um dos dois concelhos, Américo Reis foi pragmático. “Podem criar as associações que quiserem. A ACICMM continuará a fazer o seu bom trabalho”.

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