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Monção: ‘Vice’ mostrou tamanho dos cortes do PS na Feira de Segude

14 Maio, 2019 - 09:28

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O vice-presidente da Câmara de Monção, João Oliveira (PSD), fez esta segunda-feira, em reunião do Executivo Municipal, um “esclarecimento à população” sobre o apoio dado pelo Município à Feira Agrícola […]

O vice-presidente da Câmara de Monção, João Oliveira (PSD), fez esta segunda-feira, em reunião do Executivo Municipal, um “esclarecimento à população” sobre o apoio dado pelo Município à Feira Agrícola do Vale do Mouro. Recorde-se que este certame, que se realizou no passado fim-de-semana, ficou marcado pelas críticas feitas pelo presidente da Junta de Segude (PS) à atual maioria social-democrata perante a redução da ajuda financeira. Na altura, tratando-se de uma cerimónia protocolar, o presidente da Câmara, António Barbosa, teve oportunidade de responder. Mas João Oliveira, responsável pelo pelouro da Cultura, já não.

Em sessão decorrida na antiga freguesia de Lordelo, o vice-presidente recuou até 2009. A autarquia era, nesse ano, presidida por José Emílio Moreira (PS). “A Feira Agrícola do Vale do Mouro apresentava um apoio de 5.500 euros. Em 2010, esse apoio manteve-se. E no ano seguinte houve um corte de 10%, baixando para 4.950 euros. No ano seguinte, em 2012, o certame sofre novo corte e o apoio baixa para 4.455 euros. Em 2013, mais um corte – desta vez de 5% – com a ajuda a situar-se nos 4.232 euros”, mostrou João Oliveira de baterias apontadas à esquerda. “Em vez de terem cortado tudo de uma vez, foram fazendo pequenos cortezinhos. Passaram de 5.500 para 4.232! Isto num mandato!”, exclamou.

 

João Oliveira: “Nós demos praticamente o dobro em dois anos do que aquele que foi dado nos primeiros dois anos de mandato do Executivo presidido por Augusto Domingues.”

 

Seguiram-se eleições autárquicas em 2013. A Câmara permanece em gestão socialista. Desta vez presidida por Augusto Domingues, com Paulo Esteves responsável pelo pelouro da Cultura. “E qual foi a primeira medida que o vereador Paulo Esteves tomou? Cortou 5% à Feira de Segude! Os apoios passaram de 4.232 euros para 4.020 euros em 2014!“, atirou. “Em 2015, este valor regressou novamente aos 4.232 euros. Significa isto que, nos primeiros dois anos do mandato anterior, o total do apoio dado foi de 8.252 euros. E nestes dois anos em que o atual executivo está à frente do Município, o apoio dado à Feira de Segude foi de 16 mil euros! Isto significa que nós demos praticamente o dobro em dois anos do que aquele que foi dado nos primeiros dois anos de mandato do Executivo presidido por Augusto Domingues”, sublinhou João Oliveira.

Mas o vice-presidente foi mais longe. “No ano antes das últimas eleições autárquicas, em 2016, o valor desse apoio duplicou tendo passado para 8.775 euros! No ano das eleições, em 2017, passou para 9 mil euros!”. João Oliveira pegou uma vez mais na calculadora e fez contas. “Isto significa que de 2015 para 2016 houve um aumento de 107%! Ora, eu gostava que o vereador Paulo Esteves me explicasse qual foi o motivo que levou a esta duplicação de valor”, questionou.

 

João Oliveira: “No ano antes das últimas eleições autárquicas, em 2016, o valor desse apoio duplicou tendo passado para 8.775 euros! No ano das eleições, em 2017, passou para 9 mil euros!”

 

A juntar à questão, João Oliveira deixou ainda a hipótese de que só mesmo a “ansiedade e nervosismo” do PS perante a proximidade das eleições autárquicas poderão ter justificado este aumento. “Esta é a leitura política que faço desta situação”.

“Como é óbvio, no ano em que tomamos posse mantivemos este apoio de 9 mil euros. Fizemos depois uma reavaliação. E custa-me muito ouvir dizer que esta redução é um ataque ao Vale do Mouro. Fizemos um ajuste, mas mesmo assim muito acima dos valores dados antes do período pré-eleitoral!”, finalizou o autarca.

 

Paulo Esteves: “Fazer de nós um muro das lamentações não lhe fica bem!”

 

Na resposta, Paulo Esteves arrancou em tom irónico. “O Sr. Vereador está a confundir a estrada da beira com a beira da estrada“. E avançou, optando por iniciar em 2013 – ano em que assumiu funções como vereador da Cultura. “Em 2014, dei-me ao trabalho de ver o que é que esta Feira Agrícola valia. E são verdade os valores que diz! Só que esses valores foram aumentando não por ansiedade. Essa temos de aprender a racionalizá-la! Temos de saber conviver com ela!”, devolveu o autarca socialista.

 

Paulo Esteves: “Não é a ansiedade que me move na política.”

 

“A Feira do Vale do Mouro foi tendo incrementos até com a ajuda do PSD”, recordou Paulo Esteves. Ato contínuo, debruçou-se sobre as declarações dadas à Rádio Vale do Minho na altura. “O meu sangue, suor e lágrimas é mesmo sentido! E não estou mandatado pelo Sr. Presidente da Junta para lhe responder. Entendeu ter a intervenção que teve. Não é a ansiedade que me move na política”, reiterou Paulo Esteves. “Já fui suplente dos suplentes… já colei cartazes… já fui vereador… sou vereador da oposição e sou aquilo que possa ser útil para a população monçanense. Servir e não me servir”, esclareceu. 

A fechar, Paulo Esteves recomendou ao vice-presidente da Câmara convocar uma reunião com o presidente da Junta de Segude para “perguntar-lhe o que lhe ia na alma”. “Vir para aqui e fazer de nós um muro das lamentações não lhe fica bem! As Juntas do PS são autónomas. Não têm cartilha e falam aquilo que entendem”, concluiu.

 

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