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Monção

Monção/Segude: Presidente da Junta abre Feira ‘de roda no ar’ e lamenta corte nas verbas

11 Maio, 2019 - 07:44

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O presidente da Junta de Segude (PS), em Monção, abriu esta sexta-feira a 29ª edição da Feira Agrícola do Vale do Mouro com duras críticas ao presidente da Câmara, António […]

O presidente da Junta de Segude (PS), em Monção, abriu esta sexta-feira a 29ª edição da Feira Agrícola do Vale do Mouro com duras críticas ao presidente da Câmara, António Barbosa (PSD), e restante Executivo Municipal. Sem palavras brandas, José Adriano Rodrigues lamentou a diminuição de verbas por parte do Município para a realização daquele certame. No espaço de um ano, o corte foi de 2 mil euros. Caiu de 9 mil para 7 mil euros. Os números não agradaram e o autarca socialista acusa António Barbosa de “desrespeitar todo o Vale do Mouro que sempre pugnou para que este evento divulgasse o concelho para além das suas fronteiras”.

“Esta edição ficará sempre manchada por este corte significativo! O que mais me fere é que não houve a dignidade de um pré-aviso ou de termos sido convocados para dialogar. Fiquei com a ideia de não existir argumento para tal facto”, prosseguiu o presidente da Junta no discurso de inauguração. “É triste, Sr. Presidente António Barbosa! Mas mesmo assim custa-me a acreditar que este corte pretensão da sua pessoa. Terá sido o seu vice-presidente, João Oliveira? É o vereador da Cultura. Não sei que tipo de critérios usou para a avaliação e ter chegado assim a esta falta de respeito pelas pessoas do Vale do Mouro”.

 

José Adriano Rodrigues: “Esta edição ficará sempre manchada por este corte significativo!”

 

“A política é feita por e para as pessoas!”, exclamou o presidente da Junta. “As pessoas desta freguesia e deste Vale não podem ser prejudicadas pela cor política [PS]!”, concluiu.

Na resposta, António Barbosa começou em tom sereno e a deixar uma certeza. “O Vale do Mouro diz-me muito! E por isso é que estamos a fazer investimentos de milhões nesta zona, sejam eles em saneamentos, em vias de comunicação e noutras áreas”, recordou. Já relativamente ao apoio dado ao evento, o edil social-democrata referiu que o apoio à Cultura é sensivelmente o mesmo do ano passado. “Foram feitos critérios. E com base nesses critérios achamos que esta feira deveria ter uma redução em cerca de 2 mil euros”, explicou o presidente da Câmara.

António Barbosa puxou então pelo histórico. “Estamos a falar de uma feira que recebia bem menos do que os 7 mil euros que agora lhe transfiro. E 7 mil euros para um evento que está no TOP 5 dos eventos de Monção não é de certeza faltar ao respeito a quem quer que seja!”, considera.

 

António Barbosa: “Estamos a falar de uma feira que recebia bem menos do que os 7 mil euros que agora lhe transfiro.”

 

Mas a questão dos números não se esgotou aqui. Até porque António Barbosa falava precisamente daquilo que é a sua área profissional. “No dia em que eu entrei na Câmara [em 2013 como vereador da oposição], eram transferidos um milhão de euros para as Juntas de Freguesia. Comigo, em 2019, foram transferidos um milhão e 750 mil euros! Estamos a falar de quase o dobro”, sublinhou o autarca laranja. “E tenho a certeza que o aumento de transferências para esta freguesia foi bem superior aos 2 mil euros perdidos aqui na feira”, acrescentou.

Barbosa fechou com garantias à organização do evento. “Podem ter a certeza que têm e vão continuar a ter sempre o apoio do Município de Monção, como sempre tiveram até aqui. Estamos de porta aberta para dar apoio quer neste evento, quer para o que é feito nesta freguesia”.

 

Um certame onde “a ruralidade se afirma”

 

Recorde-se que esta 29ª edição da Feira Agrícola do Vale do Mouro vai prolongar-se até domingo. A organização estima que passem pelo evento cerca de cinco mil visitantes durante estes três dias. “Espera-se alguma inovação mas nunca esquecendo as tradições desta feira. É um certame muito ligado às nossas tradições agrícolas. Que seja um evento para celebrarmos a ruralidade destes territórios do Vale do Mouro”, disse o presidente da Câmara, António Barbosa, já aos microfones da Rádio Vale do Minho.

Numa freguesia dominada pelas cores socialistas, a cerimónia de abertura contou evidentemente com a presença de vários rostos ligados ao PS local. Entre eles o próprio coordenador da concelhia do partido, Paulo Esteves. “Este certame é a ruralidade que se afirma num Vale que o Município deve apoiar. Um apoio dado àquilo que alguém sonhou fazer há 29 anos atrás”, defendeu o autarca socialista, também vereador da oposição. “Sempre acreditei e acredito nestes eventos. São mais de 20 anos de sangue, suor e lágrimas nesta feira que é também um momento de encontro. Há que apoiar mais o setor primário, tão importante nesta zona. E ao promover este setor, está necessariamente a promover também a pastorícia tão necessária para a nossa Foda à Moda de Monção [prato típico do concelho]”, finalizou.

Realizada em Segude desde 1990, esta feira aposta na preservação da tradição sem descurar aspetos de modernidade e pretende assumir-se como um local privilegiado para o estabelecimento de relações pessoais e empresariais entre os profissionais do setor.

 

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