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Monção

Monção: Secretário de Estado desviou-se da ‘foda’ e bateu no borrego

9 Maio, 2015 - 14:06

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Miguel de Castro Neto presidiu à cerimónia de inauguração da XXV edição da Feira Agrícola do Vale do Mouro.

O Secretário de Estado do Ordenamento do Território e da Conservação da Natureza realçou este sábado, em Monção, a importância de mediatizar cada vez mais os produtos da região. Miguel de Castro Neto falava na cerimónia de abertura da XXV edição da Feira Agrícola do Vale do Mouro, a decorrer durante este fim de semana, na freguesia de Segude.
Numa primeira ‘tentativa’, Miguel de Castro Neto evitou dizer o nome tradicional do prato mais famoso do concelho [‘Foda à Moda de Monção’] mas o lapso acabou por acontecer. “Ainda agora me diziam que a Escola Superior Agrária de Ponte de Lima está a trabalhar na certificação do prato típico daqui que é o borrego…”. Foi então que o governante fez uma pausa. Uma voz atrás corrigiu-o imediatamente e Miguel de Castro Neto lá emendou e prosseguiu. “… o cordeiro. Eu hei-de acertar qualquer coisa, mais momento menos momento”, disse o Secretário de Estado com um sorriso. Seguiu-se a gargalhada geral. “Eu já vou provar para ter a certeza do que é”, garantiu.
O governante continuou com o discurso na mesma linha de pensamento. “Há a convicção de que os produtos naturais, os produtos típicos podem também desenvolver as regiões”, lembrou o Secretário de Estado. “Nós temos de conseguir torná-los conhecidos. Temos de conseguir transmitir estes valores”, sublinhou.
Por sua vez, a vice-presidente da Câmara de Monção referiu que “a defesa e a valorização do território e dos recursos endógenos é prioridade de qualquer política. O Executivo Municipal de Monção não é exceção”, frisou Conceição Soares. “A tudo aquilo que fazemos está sempre subjacente uma ideia de desenvolvimento do nosso concelho. Ao longo do ano, temos várias atividades que sustentam esta estratégia”, apontou a autarca socialista. “Esta feira insere-se nesta estratégia de promoção do nosso concelho, contribuindo para a nossa identidade ligada ao nosso principal recurso que é o território”, acrescentou.
Conceição Soares, em jeito de retrospetiva, lembrou aos presentes que o certame cresceu nitidamente nos últimos tempos. “Há 25 anos, este certame nasceu com o objetivo de revitalizar o mundo agrícola. Promover o escoamento dos produtos locais e potenciar o desenvolvimento de negócios neste setor. Os desafios mantêm-se atuais. No entanto, a feira atingiu outra dimensão ao ultrapassar há vários anos as fronteiras do nosso concelho”, recordou a vice-presidente da autarquia. “Acredito que esta feira ajudou o concelho de Monção a crescer. Exemplo disso é a presença forte de empresas locais, o interesse das pessoas e o esforço da organização em melhorar de ano para ano”, apontou. “A Câmara, dentro das possibilidades, tem sido um colaborador ativo e empenhado. Estamos cá para vos apoiar e assim continuará no futuro. Temos olhado para esta feira com atenção e total disponibilidade para ajudar. Para nós, como para vós, a transmissão dos saberes aos mais novos está na linha da frente da agenda municipal “, finalizou Conceição Soares.
A Feira Agrícola prossegue até domingo. A tarde deste sábado será preenchida com animação de homem orquestra, corrida de cavalos a galope, “Os Amigos dos Bombinhos” e Rusga de Merufe. A partir das 22h00, sobe ao palco o Grupo Roconorte, continuando a festa, a partir das 2h00, com “Noite Jovem”.
O domingo “abre” pelas 8h00 com feira do gado, onde os melhores exemplares serão premiados, passeio de BTT, passeio pedestre e, pelas 11h00, atuação do Grupo de Concertinas “Os Magníficos” Depois do almoço, pelas 15h00, realiza-se um festival folclórico com grupos de Merufe, Sistelo, Mazedo e Longos Vales e corridas de cavalo de passo travado. O certame encerra ao som do Grupo Norwest.
A par destas atividades, a Feira Agrícola do Vale do Mouro apresenta diversos expositores com material e equipamento relacionado com o setor, artigos manufaturados de artesanato, produtos regionais, e tasquinhas típicas com ementas e vinhos da região.
Realizado em Segude desde 1990, o certame agrícola aposta na preservação da tradição sem descurar aspetos de modernidade e pretende assumir-se como um local privilegiado para o estabelecimento de relações pessoais e empresariais entre os profissionais do setor.

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