Aconteceu no dia 31 de maio de 2018. As ruas do centro de Monção encheram como não havia memória para a Procissão Solene do Corpo de Deus.
Motivo? O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, seguia no cortejo.
Houve gente nas varandas, em cima de muros e às janelas.
A moldura humana era de tal forma enorme que fez com que muitos tenham feito esta comparação com aquela procissão que acontece todos os anos em agosto e que concentra milhares de pessoas nas ruas desta vila.
De telemóveis na mão, todos queriam ver e fotografar Marcelo. O momento era solene, mas o povo não resistia. De quando em vez lá rebentava um estrondoso aplauso à passagem do Chefe de Estado.
Marcelo, que queria manter um ar compenetrado, não resistia a soltar um leve sorriso como que agradecendo a amabilidade dos monçanenses.
“Venho pagar essa dívida relativamente a Monção. Mostrar a minha solidariedade com as populações”, disse aos jornalistas.
“Eu fiquei de visitar os Municípios atingidos pelos incêndios. E havia algumas lacunas”, prosseguiu o chefe de estado.
“Havia uma lacuna importante no meu espírito, que me pesava na consciência, que era Monção. Venho pagar essa dívida minha relativamente a Monção. Mostrar a minha solidariedade com as populações, com os autarcas, com todos os que combateram esta tragédia e transmitir uma esperança num futuro onde se está a trabalhar de forma positiva para que não mais se repita aquilo que aconteceu”, recordou.
Marcelo referia-se aos grandes incêndios que tinham flagelado o concelho em outubro de 2017.
Assim que chegou a Monção, Marcelo fez o trajeto entre a Câmara e a Igreja Matriz. Foi saudado por centenas e centenas de pessoas. Tirou outras tantas selfies. E sorria. Sorria muito.
No final da Procissão, o Presidente despediu-se de forma rápida mas desta vez com a esperança de voltar em breve.
Veja as fotos [Arquivo/Rádio Vale do Minho]
Barbosa: “É uma figura que une o País”
Aos microfones dos jornalistas, o Presidente da Câmara, António Barbosa mostrou-se totalmente satisfeito com esta visita de Marcelo Rebelo de Sousa ao berço do Alvarinho.
“Esta receção calorosa que o Presidente da República teve era um sinal de que tinha de vir até Monção. E ele percebeu isso”, referiu António Barbosa. “Esta proximidade que ele tem com as pessoas é muito daquilo que o poder autárquico faz. É aqui que ele se sente bem e é aqui que nós gostamos de ter o nosso Presidente da República”, continuou.
“Eu acho que ninguém aqui estava zangado com o professor Marcelo! Ninguém consegue estar zangado com ele”, disse Barbosa com um sorriso. “É uma figura que une o país. Consegue afastar tudo aquilo que são lides partidárias”, concluiu.
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