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Monção: PSD defende entradas gratuitas no Alvarinho Wine Fest/Lisboa

10 Janeiro, 2016 - 20:02

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Social-democratas consideram ‘abusivo’ cobrar bilhetes tendo em conta o investimento feito pelas autarquias envolvidas.

O PSD de Monção defende entradas gratuitas na próxima edição do Alvarinho Wine Fest, em Lisboa. A II edição do evento já tem data marcada e vai acontecer mais cedo do que o ano passado. O certame vai realizar-se entre 3 e 5 de junho, em Lisboa. A primeira edição, recorde-se, aconteceu em finais do passado mês de Julho.
A mudança da data vem já de encontro aos reparos deixados pela vereação social-democrata no final da edição do ano passado. A visibilidade da Feira do Alvarinho de Monção [que também tem lugar em julho] não terá sido afetada. Porém, de acordo com o PSD, os efeitos negativos recaíram sobre Lisboa. “Penso que estamos todos de acordo que esta feira [de Lisboa] não pode voltar a desenrolar-se nesta altura”, sublinhou na altura António Barbosa.
Nessa hora de balanço, os social-democratas deixaram ainda outro apontamento referente ao pagamento das entradas. O PSD encontrou nos cinco euros do bilhete uma das principais causas para “a pouca afluência em relação à esperada. Dito pelos produtores, o número de visitantes não terá chegado a mil durante o sábado que era tido como o dia principal do certame”.
Quando estamos a cerca de cinco meses desta feira na capital, António Barbosa voltou a marcar a mesma posição aos microfones da rádio Vale do Minho. “A partir do momento em que há um investimento tão avultado por parte das Câmaras [Monção e Melgaço] para dar conhecimento desse produto num local visitado por cada vez mais turistas – como é o caso de Lisboa -, o certame terá de ser feito num local de bom acesso público onde toda a gente possa fazer a prova deste néctar de forma gratuita. A pagar alguma coisa, será no consumo dos produtos”, disse o dirigente do PSD monçanense. Cada um dos dois municípios, recorde-se, contribuiu o ano passado com 70 mil euros para a realização deste evento. “Parece-me abusivo que, para além deste investimento, seja cobrado bilhete a quem tenta entrar num local destes. Imagine-se o que seria fazermos a mesma coisa aqui, na Feira do Alvarinho de Monção. Não tenho dúvidas de que seria uma desgraça”, acrescentou António Barbosa.
A rádio Vale do Minho está a tentar ouvir o CDS-PP Monção sobre este assunto mas, até ao momento, tal não foi ainda possível.

Presidente da Câmara alerta para os custos totais do evento

Ouvido sobre esta matéria, o presidente da Câmara de Monção lembrou aos microfones da Vale do Minho que “a feira custa muito mais do que nos é solicitado”. Os dados referentes à edição do ano passado apontam para um custo total de 400 mil euros. “Em termos mediáticos, esta feira resultou muito bem. Tivemos jornais de grande tiragem, rádios e televisões a falar do Alvarinho e isso, para além do aluguer do próprio espaço, tem custos”, sublinhou o edil socialista.
Embora a presença de Monção nesta II edição não tenha sido ainda discutida pelo Executivo Municipal, Augusto Domingues considera que as ‘afinações’ no certame deverão passar por outros aspectos. Um deles diz respeito à música ambiente. O ano passado ouviram-se temas brasileiros, mas o edil de Monção não deverá deixar que isso se repita. “Se isto é uma feira do mundo rural onde está a ser promovido um produto de excelência que é o vinho, a música terá de ser alusiva a isso mesmo”. Augusto Domingues promete ainda ‘barrar entrada’ aos pontos de venda de ‘street food’. “Isso não está minimamente em conformidade com o nosso produto. Porque não comida popular?!”, defendeu o presidente da Câmara.
Recorde-se que o Alvarinho Wine Fest é um festival de vinhos organizado pelo grupo Cofina. Teve o ano passado a primeira edição em Lisboa, no Parque das Nações. Esta feira contou com a presença de vários produtores de Alvarinho de Monção e Melgaço e ainda com chef’s de referência para inovar na harmonização dos vinhos Alvarinho da sub-região com os produtos locais.

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